A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul condenou a deputada federal Maria do Rosário (PT) a publicar dois direitos de respostas do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, após ela divulgar ‘fake news’ sobre o chefe de Poder Executivo em suas redes sociais.

Nos dois casos, a campanha petista associou o atual prefeito da capital do Rio Grande do Sul a atos de corrupção. Na primeira, houve a publicação de uma sequência de card chamada de “Manual do Vira Voto”. No “manual”, a campanha afirmou que “o prefeito está envolvido em escândalos de corrupção”.

No outro caso, a campanha de Maria do Rosário afirmou, por meio de uma montagem nas redes sociais, que “Melo é corrupto”.

Fake news de Maria do Rosário?

Em relação ao primeiro caso, o juiz eleitoral José Ricardo de Bem Sanhudo afirmou que a peça foi ofensiva ao prefeito da capital do Rio Grande do Sul. “A imputação direta e pessoal de envolvimento do representante em casos de corrupção é evidente. (…) A imputação direta de envolvimento pessoal do prefeito, que não é investigado nem indiciado em razão dos fatos referidos, se mostra ofensiva à sua imagem e honra, pois encerra teor difamatório, no mínimo”, declarou o magistrado.

Sobre a outra peça, o juiz eleitoral argumentou:

“No conteúdo em exame consta, claramente, a imagem do representado com a frase ‘Fora Melo Corrupto’. A imputação é evidente, tem cunho direto, pessoal e se mostra altamente ofensiva e, no mínimo, difamatória, quiçá caluniosa”.

Apesar da campanha difamatória da deputada federal, ela está aproximadamente 25 pontos percentuais atrás de Melo neste segundo turno. Conforme registrou O Antagonista, nem o PT quis apostar na candidatura, que foi a que recebeu a menor quantidade de recursos do partido no segundo turno entre as quatro capitais que a sigla disputa. Maria do Rosário é considerado um ícone dentro do partido, mas entre os demais concorrentes é a que tem menos chances