Juízes de recuperações judiciais bilionárias são alvo de investigações
Reportagem publicada neste domingo (26) no Estadão mostra que os juízes responsáveis pelas maiores recuperações judiciais do país estão na mira de investigações do...
Reportagem publicada neste domingo (26) no Estadão mostra que os juízes responsáveis pelas maiores recuperações judiciais do país estão na mira de investigações do Ministério Público, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Atualmente, estão nas mãos dos magistrados processos cujas cifras ultrapassam R$ 90 bilhões.
“Em ao menos três dos casos, relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram operações suspeitas. Juízes foram punidos em dois desses processos. Um dos casos recebeu parecer favorável à abertura de investigação no CNJ. Magistrados e administradores afirmaram que agiram dentro da legalidade”, diz o jornal.
Nos processos de recuperação judicial e de falência, os juízes identificam administradores judiciais, síndicos e mediadores. No Rio de Janeiro, o MP abriu investigações criminais sobre a conduta de três juízes. Os inquéritos foram destinados a apurar ligações suspeitas deles com administradores judiciais e peritos.
Um dos casos relatados pelo Estadão é o de Paulo Assed Estefan, da 4.ª Vara Empresarial. Ele entrou na mira do MP do Rio em razão de suposta relação de sua família com o administrador judicial Marcello Macedo, nomeado por ele em processos.
De acordo com a investigação, a mulher de Macedo foi sócia do filho de Estefan em um restaurante no Leme frequentado por magistrados que apelidaram o estabelecimento de “8.ª Vara Empresarial”.
Relatório do Coaf aponta que o administrador judicial movimentou R$ 12 milhões entre 2018 e 2019. A quantia, segundo o MP, está acima de seus rendimentos declarados.
Outro caso publicado na reportagem é o do juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio, Fernando Viana, responsável pela recuperação de R$ 43,7 bilhões da Oi. Segundo a Procuradoria, o magistrado é dono de empresas cujos endereços são idênticos aos da sede de firmas de Marco Antonio Reis Gomes, sócio de companhia de administração judicial que atua na 7ª Vara.
Os juízes e administradores judiciais citados disseram ter agido dentro da legalidade e que nada foi comprovado contra eles
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