Juiz pode acreditar no que quiser, mas Estado é laico, diz Luiz Fux
Em palestra na Universidade Columbia, em Nova York, nesta quinta (9), Luiz Fux (foto) disse que o STF age de modo alinhado ao julgar questões de direitos humanos e defendeu que os juízes precisam deixar de lado seus valores pessoais ao analisar processos...
Em palestra na Universidade Columbia, em Nova York, nesta quinta (9), Luiz Fux (foto) disse que o STF age de modo alinhado ao julgar questões de direitos humanos e defendeu que os juízes precisam deixar de lado seus valores pessoais ao analisar processos, relata a Folha.
“Os juízes podem ter as suas opções, podem ser casados, ter filhas, netos. O juiz não pode levar para o julgado os seus valores que não são valores constitucionais. O Estado é laico. Você pode acreditar no que você quiser, mas eu sou juiz da Constituição”, declarou o presidente do Supremo.
A declaração foi feita dias depois de André Mendonça, chamado de “terrivelmente evangélico” por Jair Bolsonaro, ter sua indicação para o STF confirmada pelo Senado. Fux não citou o nome de Mendonça —que deve tomar posse no dia 16— em sua fala.
O presidente do STF começou sua apresentação dizendo que o Brasil é referência internacional em direitos humanos e que a corte costuma votar de forma unânime questões relacionadas ao tema, como no caso da união homoafetiva, aprovada em 2011 por 11 votos a 0.
Fux também disse que o Supremo age de modo a proteger a democracia e afirmou ter certeza de que as eleições de 2022 serão realizadas num cenário de normalidade.
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