Juiz manda excluir posts de Marçal com suposto laudo de Boulos
Segundo o juiz eleitoral, “há plausibilidade” nas alegações da campanha de Boulos que apontam a “falsidade do documento”
O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, concedeu neste sábado, 5, uma liminar que determina a imediata remoção de vídeos postados no Instagram, TikTok e YouTube que fazem referência a um documento divulgado na véspera pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) com um suposto receituário que trata da internação do candidato do PSOL, Guilherme Boulos, em decorrência do uso de cocaína.
Segundo o juiz eleitoral, “há plausibilidade” nas alegações da campanha de Boulos que apontam a “falsidade do documento”. Cita ainda a “proximidade” do dono da clínica responsável pelo laudo e o fato de o documento médico ter sido “assinado por profissional já falecido”.
Em sua decisão, Colombini atendeu parte do pedido da campanha de Boulos e não determinou nova derrubada do perfil de Marçal.
Como mostramos, Boulos respondeu com uma transmissão ao vivo no Instagram a acusação do empresário e afirmou que o documento divulgado pelo seu adversário é falso. O político acrescentou que o número do documento exibido na receita está incorreto.
“Espero que a Justiça seja rápida, tanto a Justiça Eleitoral, cassando o post dele e tomando todas as medidas cabíveis, como a Justiça Criminal, respondendo ao pedido de prisão, tanto do Pablo Marçal como do dono da clínica farsante”, disse Boulos.
Dono de clínica foi condenado por falsificação
O biomédico Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica responsável pelo receituário apresentado por Marçal, foi condenado em 2021 por usar documentos falsos para obter o registro profissional de médico.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Teixeira Júnior apresentou ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul um diploma de graduação em medicina e uma ata de colação de grau falsos supostamente emitidos pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos. A instituição nega que ele tenha sido aluno do curso.
O fato de a faculdade ter sido renomeada como Centro Universitário Serra dos Órgãos foi outro elemento que indicou tratar-se de um documento falsificado. Ele teria pago R$ 27 mil aos falsificadores.
Luiz Teixeira da Silva Júnior foi sentenciado a 2 anos e quatro meses de prisão, inicialmente em regime semiaberto. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou a condenação, mas a substituiu por uma pena restritiva de direitos.
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