Juiz é investigado por levar para casa 240 garrafas de água em um mês
"Seria cômico se não fosse trágico", afirmou o desembargador do Órgão Especial do TJ-SP, Ferraz de Arruda, ao se debruçar sobre o insólito caso de um juiz acusado de levar para casa, diariamente, mais de dez garrafas de água do fórum onde atua...
“Seria cômico se não fosse trágico”, afirmou o desembargador do Órgão Especial do TJ-SP, Ferraz de Arruda, ao se debruçar sobre o insólito caso de um juiz acusado de levar para casa, diariamente, mais de dez garrafas de água do fórum onde atua.
O desfalque teria sido de 60 recipientes por semana, que eram enfiados pelo magistrado em sua própria mochila. No total, o juiz teria embolsado 240 garrafas em um mês. O caso ficou conhecido como “auxílio d’água” na corte paulista.
Por unanimidade, os desembargadores decidiram instaurar um processo disciplinar contra o juiz Antonio Marcelo Rimola, da 2ª Vara Cível de Itaquera, na capital paulista. O magistrado ganha R$ 40 mil por mês. A decisão acompanhou o voto do corregedor-geral de Justiça de São Paulo, Ricardo Anafe.
Anafe narrou que, além de comparecer somente três ou quatro vezes por semana ao fórum e deixar que seus assistentes ficassem responsáveis pela redação de suas decisões, sem sequer revisá-las, o magistrado levava embora as garrafinhas de água pagas pelo Judiciário paulista.
“As garrafas de água ficavam na copa. Ele passava na copa e retirava as garrafas. O tribunal ainda não tem auxílio d’água, não é uma garrafinha de água que foi levada na volta para casa. Não é isso. Foi o verdadeiro auxílio d’água, que estava estabelecido pelo magistrado”, afirmou em seu voto.
Leia mais na Crusoé, clicando aqui.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)