Judicialização de convenção de Simone é vista como “ato de desespero” de ala lulista do MDB
Isolada dentro do próprio partido, a ala lulista do MDB perdeu força e hoje os integrantes da sigla afirmam que a candidatura de Simone Tebet à presidência da República será confirmada no próximo dia 27, na convenção nacional da sigla...
Isolada dentro do próprio partido, a ala lulista do MDB perdeu força e hoje os integrantes da sigla afirmam que a candidatura de Simone Tebet à presidência da República será confirmada no próximo dia 27, na convenção nacional da sigla. A possibilidade de judicialização do ato político já é vista internamente como um “ato de desespero” do senador Renan Calheiros (AL) e seus aliados.
Como registramos, pelo menos 19 diretórios vão endossar a candidatura da senadora. Senadores como Eduardo Braga (AM) e Renan são contra, alegando que a campanha de Simone vai prejudicar o partido na disputa pela Câmara dos Deputados. De acordo com a legislação atual, os recursos do fundo partidário e de tempo de TV são divididos proporcionalmente com base no número de deputados federais eleitos a cada quatro anos.
Como mostramos há pouco, Renan pretende entrar com uma ação para evitar que o partido confirme a candidatura própria, argumentando que o evento deveria ser presencial e não semipresencial. O movimento é visto por integrantes do MDB como sinal de fraqueza de Renan Calheiros.
Além das alas ligadas ao presidente do MDB, Baleia Rossi, os parlamentares emedebistas bolsonaristas e uma parte da ala lulista, encabeçada pelos ex-deputados Leonardo Picciani e Lúcio Vieira Lima, são contra o adiamento da convenção nacional do partido.
O ex-presidente Michel Temer, após novas avaliações, também se manifestou contrário ao adiamento da convenção nacional da sigla, conforme apurou O Antagonista.
Eles entendem que, em virtude da pandemia, atos políticos como esse podem perfeitamente ser realizados em formato híbrido.
Segundo avaliação da direção nacional do MDB, o ataque especulativo de Renan Calheiros ocorre porque há um sentimento de que a senadora pode subir nas pesquisas de intenção de voto, e isso forçaria um segundo turno na disputa pelo Palácio do Planalto – não necessariamente com a participação da parlamentar.
A ala lulista do MDB acredita que o petista, sem a candidatura de Simone Tebet, poderia vencer em primeiro turno.
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