José Nêumanne Pinto na Crusoé: Flamengo, sobra dinheiro e falta juízo
O Clube de Regatas do Flamengo acabou de anunciar a posse de um caixa de quase R$ 240 milhões e um faturamento que já ultrapassa neste meio ano o primeiro bilhão. Nem sempre, contudo, essa novidade se transforma em títulos, embora ele seja o time que mais colecionou troféus de torneios recentemente...
O Clube de Regatas do Flamengo acabou de anunciar a posse de um caixa de quase R$ 240 milhões e um faturamento que já ultrapassa neste meio ano o primeiro bilhão. Nem sempre, contudo, essa novidade se transforma em títulos, embora ele seja o time que mais colecionou troféus de torneios recentemente. O principal destes já foi praticamente garantido por um rival antigo, o Botafogo de Futebol e Regatas, que lidera a série A do chamado Brasileirão com 12 pontos, quatro rodadas cheias de vantagem sobre os vices, Flamengo e Palmeiras, e já é campeão do turno.
Outros rivais, ao contrário dele, ainda têm dificuldades para pagar dívidas milionárias. Parte desse diferencial se explica pelas arrecadações de seus jogos em todos os campeonatos que disputa. A paixão do torcedor anônimo resulta ainda em enorme lucratividade com a venda de garotos formados na chamada base, também favorecida pela preferência clubística.
Era de imaginar que a direção da entidade tratasse essa matéria-prima preciosa como magníficas fontes de renda que são. Mas o tratamento dispensado às “joias”, como são denominadas pelos inúmeros sites de badalação que circulam no YouTube sob títulos estrondosos, nunca condizentes com as notícias diárias veiculadas, está longe de ser nobre: ao contrário, é vil.
Prova isso o incêndio que destruiu os alojamentos dos garotos e é mais condizente com sua denominação, “Ninho do Urubu”, desde que o abutre foi escolhido como símbolo da maior fonte de renda da instituição. Os dez mortos e três feridos no incidente não podem ser contabilizados como “fatalidade”, como faz a narrativa parcialíssima da Wikipédia nas telas de todo o país.
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