Investigado com Ricardo Barros teve reunião em Miami com lobistas do MDB e general angolano
As investigações sobre a suposta intermediação de Ricardo Barros em negócios na Copel trouxe à tona um novo personagem: Delmo Vilhena, diretor-executivo da Comanche Biocombustíveis, empresa enrolada em acusações de desvios de até R$ 45 milhões dos fundos de pensão. Mas não é só isso. O Antagonista localizou o nome de Vilhena numa troca de emails entre o general João Batista de Matos, ex-chefe do Estado Maior de Angola, e os lobistas Jorge Luz e João Augusto Henriques, presos pela Lava Jato por operarem para o MDB no petrolão...
As investigações sobre a suposta intermediação de Ricardo Barros em negócios na Copel trouxe à tona um novo personagem: Delmo Vilhena, diretor-executivo da Comanche Biocombustíveis, empresa enrolada em acusações de desvios de até R$ 45 milhões dos fundos de pensão.
Mas não é só isso. O Antagonista localizou o nome de Vilhena numa troca de emails entre o general João Batista de Matos, ex-chefe do Estado Maior de Angola, e os lobistas Jorge Luz e João Augusto Henriques, presos pela Lava Jato por operarem para o MDB no petrolão.
Num dos emails, o general confirma reunião com ambos em Miami, para tratar de projetos de usinas de etanol. Também são citados Delmo Vilhena, seu sócio Ricardo Kume e Jorge Oliveira Rodrigues, ex-gerente de Marketing e Comercialização da Petrobras.
Segundo relatório pericial da PF, anexado aos autos da 19ª fase da Lava Jato, o lobista João Henriques foi quem iniciou as tratativas com o general angolano, enviando a ele propostas de investimento.
Uma delas se referia a uma “usina no estado de São Paulo”, com problemas judiciais, que seria uma “verdadeira joia”.
“Foi tomada pela justiça e nós tivemos acesso ao processo e nos dispusemos através de pessoas notadamente competentes do setor sucroalcooleiro e do apoio da Petrobrás (Diretoria de Abastecimento) que nos garantiu um off-take de 100 mil/m³ anual o que viabiliza a operação desta Usina que aos olhos dos técnicos, uma verdadeira jóia”.
No mesmo email, Henriques menciona contatos com o fundo Petros, da Petrobras, para colocá-las em funcionamento. E que esse investimento seria uma das pautas da reunião em Miami.
João Batista de Matos também aparece na delação de Fernando Baiano, que declarou que o general presidia o chamado Instituto de Estudos Angolanos, que contratou palestra de Lula em 2011 com intermediação de José Carlos Bumlai.
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