INVESTIGAÇÃO VÊ ENVOLVIMENTO DE MOREIRA FRANCO EM ESQUEMA DA CAIXA
O Antagonista teve acesso ao relatório de investigação do escritório Pinheiro Neto, em parceria com a Kroll, que integra o inquérito do MPF sobre o esquema do PMDB na Caixa...
O Antagonista teve acesso ao relatório de investigação do escritório Pinheiro Neto, em parceria com a Kroll, que integra o inquérito do MPF sobre o esquema do PMDB na Caixa.
O documento destaca a atuação do “cabeça branca”, identificado como Moreira Franco, ministro da Secretaria Geral da Presidência, que tinha contatos frequentes com Derziê de Sant’Anna, VP de Operações Corporativas.
No relatório, os investigadores registram que “Derziê por vezes recebeu pedidos de Moreira Franco, inclusive em relação ao fornecimento de informações sobre o status de operações em trâmite na CEF”.
Citam que, em 17 de julho de 2014, o VP recebeu mensagem do gerente Giovanni Alves perguntando sobre determinada operação. A mensagem dizia “Ligação Cabeça Branca dia jogo do Brasil”. Em email, enviado depois, Giovanni cobrava um feedback para o “CB”.
Em depoimento aos investigadores, o gerente admitiu que ‘CB’ e ‘Cabeça Branca’ eram apelidos de Moreira Franco, que, segundo outros documentos, mantinha uma relação de “proximidade” com Derziê.
Além de Moreira, o VP também recebia mensagens constantes de Geddel Vieira Lima, que chegou a lhe enviar dados de sua conta corrente. Derziê, segundo testemunhas, também tinha cafés/reuniões frequentes com Eduardo Cunha para tratar de operações da Caixa.
Ele teria intermediado, por exemplo, a liberação de empréstimos para empresas de Henrique Constantino e Joesley Batista. Derziê recebeu pleitos até mesmo do então vice-presidente Michel Temer, que tentava emplacar outro apadrinhado na Caixa.
Agora, dá para entender a resistência de Temer em afastar Derziê e outros VPs.
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