Integrantes do MPF falam em medo após decisão “casuística” contra Deltan
Integrantes do Ministério Público Federal criticaram nas últimas horas a decisão do TSE que cassou o mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos, foto) por unanimidade...
Integrantes do Ministério Público Federal criticaram nas últimas horas a decisão do TSE que cassou o mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos, foto) por unanimidade. Como mostramos, o ex-coordenador da Lava Jato foi punido com base na Lei da Ficha Limpa.
Ao comentar a cassação, a procuradora Monique Cheker escreveu no Twitter:
“Só digo uma coisa: o sistema é nojento.”
A também procuradora Nathália Mariel lembrou nas redes sociais que a sentença contradiz os entendimentos firmados do próprio TSE.
Já o procurador Wellington Saraiva afirmou, também nas redes sociais, que o “Direito não pode ser veículo para vingança“.
“Ele se desenvolveu ao longo de séculos precisamente para evitar vinganças, para aplicar punições dentro da lei, conforme a lei, não torcendo a lei e aplicando-a de forma arbitrária, para dar aparência de legitimidade à punição“, acrescentou.
Em outro post, ele afirmou que “os membros do Ministério Público devem pensar MUITO bem antes de investigar e processar os poderosos.”
O ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que atuou na Lava Jato, escreveu no Facebook:
“Me sinto enojado com a perseguição contra a Lava Jato. Quase todo o espectro político se voltou contra a tentativa de ‘limpar’ o jogo eleitoral e partidário, culpando os membros da operação por terem exposto toda a sujeira que é o financiamento dessa classe de marajás. A vergonha há muito tempo deixou de existir.”
O procurador Fernando Rocha também criticou a decisão do TSE.
“A causa de inelegibilidade da lei da ficha limpa imputada a Deltan Dallagnol tinha como premissa pedir exoneração do cargo de procurador quando já iniciado um PAD- processo administrativo disciplinar . Ocorre que na data do pedido de exoneração pelo então procurador não existia PAD instaurado. Simples assim. Com respeito a quem entende contrário, não se pode interpretar extensivamente norma que limita direitos políticos“, disse ele no Twitter.
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