Inquérito sobre explosões em Brasília pode ser anexado ao do 8/1
Possibilidade foi admitida pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ao ser questionado por jornalistas
O inquérito sobre as explosões realizadas na quarta-feira, 13, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, pode ser anexado ao dos atos de 8 de janeiro de 2023, caso haja indícios de correlação entre os fatos, conforme admitiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
“Vou receber o inquérito. Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção”, afirmou Barroso ao ser questionado por jornalistas.
Se for comprovada a conexão entre as explosões e a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, ocorrida um ano e dez meses antes, a investigação ficará sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.
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Explosões na Praça dos Três Poderes
Duas explosões foram registradas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira, 13. Elas foram atribuídas ao chaveiro Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, candidato a vereador em Rio do Sul (SC), em 2020.
Em depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal, Natanael Carmelo, segurança do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, portava uma mochila e avisou que iria detonar um artefato explosivo.
“O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua”, disse o segurança à Polícia Civil.
“O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”, complementou o funcionário do Supremo. Entre os objetos, um era semelhante a um relógio digital.
Segundo o segurança, Francisco “saiu com os artefatos para a lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram”.
Francisco então “deitou no chão acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as motivações por trás do atentado e considera o caso de extrema gravidade. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que “todas as hipóteses estão em análise”, incluindo a possibilidade de colaboração com redes extremistas.
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Comentários (2)
EUD
14.11.2024 11:05Você Viu??? Em Brasilia Não Se Pode Nem Mais Soltar Um Traque .!!!
Fabio B
14.11.2024 09:56Isso será usado como justificativa para regulamentação/censura das redes sociais diretamente pelo STF.