Infestação de pombos interdita bloco na Universidade Estadual de Maringá
Infestação de pombos obriga interdição de bloco na Universidade Estadual de Maringá.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) recomendou a interdição do bloco G90, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), localizada no norte do Paraná. A medida, determinada pela Justiça, foi motivada pela infestação de pombos no forro e telhado da unidade.
Contaminação e estragos causados pelos pombos
Segundo a diretoria do campus, as aves criaram ninhos e se instauraram em diversas partes do bloco, causando danos e contaminação. Para resolver o problema, foi aberta uma licitação no valor de R$ 178 mil para contratar uma empresa responsável pelas manutenções necessárias.
Além disso, a prefeita do campus, Doralice Soares, informou que mais dois blocos vizinhos serão interditados para que sejam instalados equipamentos capazes de impedir a invasão das aves.
Impacto no calendário escolar e nas pesquisas
Apesar do transtorno, a diretoria do campus assegurou que as aulas e o cronograma de estudos não serão afetados pelas reformas. O bloco interditado faz parte do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia), focado na área de pesquisas de peixes. Os pesquisadores e professores que utilizavam o bloco foram realocados.
Leis protegem pombos e possíveis consequências da infestação
É importante ressaltar que o pombo é um animal silvestre protegido por lei, sendo proibido matar, caçar ou maltratar animais silvestres, nativos ou em rota migratória. As situações de transgressão podem gerar multa e punição criminal.
Os pombos, além de causarem danos a estrutura dos prédios, podem desencadear problemas de saúde graves, devido ao contato com suas fezes secas contaminadas. Segundo o professor e pesquisador Eduardo Ribeiro Filetti, uma das doenças que pode ser transmitida é a criptococose, que atinge principalmente pessoas com baixa imunidade. “As fezes secas são as mais perigosas. A maior parte dos fungos não está no intestino do pombo e sim no meio ambiente, ou seja, a situação piora após eles defecarem e as fezes secarem”, explica.
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