“Infelizmente vai aumentar”, diz Leite sobre mortos no RS
O governador do Rio Grande do Sul confirmou 29 mortos e 60 desaparecidos devido às fortes chuvas no estado
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB/foto), anunciou na noite de quinta-feira, 2, que o número de mortos devido às fortes chuvas que atingem o estado há quatro dias chegou a 29. Além disso, há pelo menos 60 pessoas desaparecidas. O pronunciamento ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada em Porto Alegre.
Durante a coletiva, Leite lamentou a situação e alertou que os números ainda devem aumentar, pois há pessoas desaparecidas em locais de difícil acesso.
“Infelizmente sabemos que esses números vão aumentar. Temos 60 desaparecidos registrados e mesmo esse número tende a ser maior. Sabemos que há pessoas desaparecidas em lugares inacessíveis“, disse Leite.
Ele fez um apelo para que a população busque abrigo em áreas seguras, longe das regiões alagadas indicadas pela Defesa Civil.
Momento excepcionalmente crítico
O governador ressaltou a gravidade da situação e destacou que o estado enfrenta um momento excepcionalmente crítico. Ele afirmou que as condições climáticas têm dificultado os resgates e que é impossível atender todas as demandas nesse cenário.
Durante a coletiva, Eduardo Leite informou que especialistas do governo preveem que o nível de elevação do Rio Guaíba possa chegar a 5 metros, o que seria um recorde absoluto.
Atualmente, o rio está em 3,36 metros e está subindo cerca de 8 centímetros por hora. Caso as projeções se confirmem, essa seria a maior enchente registrada desde 1941.
Rompimento de barragem
Na tarde de hoje o grande volume de chuva resultou no rompimento da Barragem da Hidrelétrica 14 de Julho, localizada entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves.
A Defesa Civil evacuou os moradores da região por medida de segurança. Além disso, há risco iminente em outras cinco barragens, com alerta e retirada de moradores. No total, 13 estações estão sendo monitoradas pelo estado.
Diante da gravidade da situação, o governo estadual decretou estado de calamidade pública, com validade de 180 dias. Esse decreto estabelece que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem prestar apoio imediato às áreas afetadas, em colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.
Os municípios afetados também têm a possibilidade de solicitar auxílio semelhante, que será avaliado e homologado pelo Estado, garantindo uma resposta rápida e coordenada diante da emergência.
Apoio do governo federal
O presidente Lula esteve no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira e garantiu que o governo federal não medirá esforços para apoiar financeiramente o estado nesse momento de crise.
Ele afirmou que não faltará ajuda para cuidar da saúde, transporte e alimentos das pessoas afetadas pelas chuvas.
Ele ressaltou que, como governante, fará tudo o que estiver ao alcance do governo federal e suas instituições para proporcionar tranquilidade e cuidado às famílias gaúchas.
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