Indicado para presidir conselho de administração da Petrobras foi condenado pelo TCU
Além de delatado por Renato Duque (ex-diretor de Serviços) na Lava Jato e denunciado pelo MPF na Operação Greenfield, o executivo Rodolfo Landim, indicado para presidir o conselho de administração da Petrobras, teve suas contas no comando da BR Distribuidora julgadas irregulares pelo TCU. O caso...
Além de delatado por Renato Duque (ex-diretor de Serviços) na Lava Jato e denunciado pelo MPF na Operação Greenfield, o executivo Rodolfo Landim, indicado para presidir o conselho de administração da Petrobras, teve suas contas no comando da BR Distribuidora julgadas irregulares pelo TCU.
O caso, referente a contrato envolvendo a agência DPZ, transitou em julgado em 2017 e a condenação foi confirmada, com imposição de multa. Desde então, Landim consta como “ficha suja” no sistema do tribunal, não sendo possível a emissão da chamada Certidão Negativa de Contas Julgadas Irregulares.
A Lei das Estatais, em seu artigo 17, estabelece que “os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento”.
Ex-servidor da Petrobras, Rodolfo Landim também presidiu a Gaspetro e foi condenado, em 2004, ao pagamento de R$ 6,1 milhões à Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil-Bolívia (TBG), segundo reportagens da época.
É temerária, portanto, a indicação de Landim, considerando as condenações ocorridas em funções análogas à que pretende assumir na Petrobras.
O empresário, que preside o Flamengo, ainda responde a uma ação penal na Operação Greenfield, acusado de causar prejuízo de R$ 100 milhões aos fundos de pensão Petros, Funcef e Previ. O processo está suspenso por um reles habeas corpus.
Chama a atenção também que, antes de cair nas graças de Jair Bolsonaro por causa da briga com a Globo sobre direitos de transmissão de jogos, Landim foi bem próximo de Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante e José Dirceu.
Conheceram-se quando a petista ainda era secretária de Energia do governo Olívio Dutra, por intermédio de Delcídio do Amaral, que teve Landim como seu braço direito por anos. Ainda mais enrolado com a Justiça, o ex-senador petista foi preso na Lava Jato por tentar impedir a delação de Nestor Cerveró, ex-diretor Internacional da Petrobras, por ele indicado ao cargo em acordo com o MDB — sim, Delcídio também teve como padrinho Jader Barbalho.
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