Imprensa internacional repercute anúncio de Bolsonaro de que está com Covid-19
A informação de que Jair Bolsonaro contraiu a Covid-19 teve grande repercussão na imprensa internacional...
A informação de que Jair Bolsonaro contraiu a Covid-19 teve grande repercussão na imprensa internacional.
A CNN destacou o fato de Bolsonaro estar sendo tratado com a hidroxicloroquina, medicamento defendido publicamente por ele para o tratamento de pacientes com a doença.
O site da emissora americana lembra ainda que Bolsonaro “ridicularizou o coronavírus e o chamou de ‘gripezinha'”, além de já ter “aparecido em público e em comícios sem máscara e até abraçado simpatizantes”.
Segundo a CNN, Bolsonaro “incentivou o país a reabrir, mesmo com o aumento do número de casos [da doença] e criticou governos locais pelos esforços para combater o vírus por meio de medidas de distanciamento social, com ordens de quarentena”.
O jornal The New York Times repercutiu o diagnóstico de Bolsonaro, dizendo que a confirmação de que o presidente está com Covid-19 “turbinou o debate sobre sua conduta indiferente em relação a uma pandemia que já matou mais de 65 mil brasileiros”.
“Bolsonaro subestimou repetidamente a gravidade da pandemia, se opôs a medidas para conter a disseminação do vírus e incentivou comícios de seus apoiadores”, afirma o jornal.
O Washington Post reproduziu um texto da agência Associated Press em que o presidente do Brasil é descrito como “um populista de 65 anos conhecido por se misturar à multidão sem cobrir o rosto”.
Ao noticiar o diagnóstico de Bolsonaro, a rede britânica BBC lembrou do termo “gripezinha” usado por ele ao se referir à Covid-19 e que o presidente havia pedido aos governadores para que “aliviassem os bloqueios que, segundo ele, prejudicam a economia”.
Segundo o jornal The Guardian, também britânico, Bolsonaro “banalizou repetidamente a pandemia e desrespeitou o distanciamento social, mesmo quando o Brasil se tornou o segundo país mais atingido, depois dos EUA”.
No Financial Times, o presidente brasileiro é descrito como “líder de extrema direita” e “um dos poucos [líderes] no mundo a contrair a doença”. O FT também destaca que “Bolsonaro há muito nega a seriedade da pandemia e participa de numerosos comícios e eventos com frequência sem precauções, como usar uma máscara”.
O francês Le Monde também ressaltou que Bolsonaro “minimizou a doença e participou de vários eventos públicos sem usar máscara, enquanto critica as medidas de isolamento implementadas em vários estados”.
O espanhol El País aponta que, desde o início da crise, o presidente brasileiro “mantém uma atitude negacionista em relação à doença” e “defende a ideia de que a pandemia foi promovida pela esquerda de seu país, para paralisar a economia e precipitar a sua saída do governo”.
E o italiano La Repubblica citou o almoço de Bolsonaro e outros integrantes de seu governo com o embaixador americano, Todd Chapman, no dia 4 de julho, todos “serenos e sorridentes, sem máscara, posando para a câmera”. Também colocou na página principal de seu site link para um vídeo do “presidente do Brasil sem proteção entre milhares de pessoas”.
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