Idoso morre após queda de escada rolante no metrô do Recife
De acordo com a investigação, o caso pode ser caracterizado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar
A Polícia Civil de Pernambuco investiga a morte de Manoel Francisco dos Santos Filho, de 75 anos, que caiu de uma escada rolante na Estação Central do Metrô do Recife, no último dia 12.
De acordo com a investigação, o caso pode ser caracterizado como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.
Segundo reportagem da Folha de Pernambuco, o idoso despencou de uma altura de aproximadamente sete metros após perder o equilíbrio no topo da escada rolante. Um carrinho de um vendedor ambulante ficou preso em um dos degraus, causando a interrupção do equipamento e tumulto no local. No meio da confusão, Manoel tentou se apoiar em uma estrutura lateral da escada e acabou caindo.
As investigações da Polícia civil
O delegado Igor Leite, responsável pela investigação do caso afirmou, ao jornal pernambucano, que várias pessoas precisam ser ouvidas, incluindo o gestor da estação, a equipe responsável pela instalação da escada rolante e os responsáveis pela segurança e manutenção do equipamento.
A possibilidade de homicídio culposo por negligência está sendo considerada. Isso ocorre quando alguém falha em cumprir uma obrigação determinada e isso resulta em um acidente.
A pena para esse tipo de crime varia de um a três anos de detenção, podendo ser agravada caso haja violação de normas técnicas da profissão ou ofício.
O que diz o ambulante que estava com o carrinho que causou o acidente?
O delegado também ouviu o depoimento do ambulante que estava empurrando o carrinho que ficou preso na escada. Segundo Igor Leite, que deu entrevista ao Fantástico, o ambulante afirmou que tentou utilizar o elevador com o carrinho, mas o equipamento estava interditado.
Por isso, ele optou por usar a escada rolante e afirmou não ter recebido nenhuma advertência ou proibição verbal. No entanto, durante a análise do local, foi constatada a presença de um aviso em forma de placa que proibia o uso de carrinhos na escada rolante.
Posicionamento da CBTU
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) se pronunciou sobre o caso por meio de notas. A empresa afirmou realizar campanhas preventivas de orientação regularmente, alertando sobre a utilização segura das instalações e equipamentos do sistema, como plataformas, trens, estações, elevadores e escadas rolantes.
A CBTU disse ainda que realiza ações de prevenção e repressão ao comércio informal nos trens e estações por meio do setor de segurança ferroviária. No entanto, devido à extensão do sistema com quase 40 estações e aos hábitos de consumo da população que estimulam o comércio informal, torna-se difícil impedir completamente essa prática, mesmo com o apoio da Polícia Militar.
Em relação à segurança e à família da vítima, a CBTU afirmou que foram tomadas todas as medidas de primeiros socorros com máxima agilidade e que o SAMU foi acionado imediatamente. Quando constatado o óbito de Manoel, os órgãos competentes foram acionados.
A polícia militar prestou suporte no local e a polícia civil realizou a perícia, sendo todas as imagens encaminhadas para a delegacia responsável pela investigação do caso.
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