Humberto Martins acata decisão de Rosa Weber e suspende inquérito de bolso contra Lava Jato
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, foi notificado da decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que ontem à noite determinou a suspensão do inquérito aberto de ofício para investigar procuradores que integraram a Lava Jato...
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, foi notificado da decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, que ontem à noite determinou a suspensão do inquérito aberto de ofício para investigar procuradores que integraram a Lava Jato.
Em nota, Martins acaba de informar que “irá suspender o prosseguimento da investigação até o julgamento de mérito do HC a ser submetido à Primeira Turma do STF”.
O inquérito foi aberto com base em mensagens roubadas da Lava Jato e pinçadas pela defesa de Lula. As únicas provas usadas para abrir a investigação são matérias jornalísticas baseadas nas mensagens hackeadas e uma entrevista do próprio Walter Delgatti, preso na Operação Spoofing.
Em recurso ao STJ, o subprocurador geral José Adonis Callou de Araújo Sáressaltou a inconstitucionalidade da investigação, que usa prova ilícita para “para investigar e punir”. Ele também disse que a investigação “fere o sistema acusatório e tem como base provas ilícitas, sem autenticidade e integridade comprovadas“.
Na sexta-feira passada, a defesa dos procuradores entrou com novo recurso pedindo a suspensão do inquérito, alertando para iminente ordem de busca e apreensão contra os procuradores, com risco até de prisão.
O Antagonista mostrou que, ao negar acesso da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) aos autos do inquérito, Humberto Martins, escreveu sobre “futuras diligências sigilosas que deverão ser realizadas”.
O que Martins quer é apreender os celulares dos procuradores — especialmente o de Deltan Dallagnol — que foram invadidos pelos hackers de Araraquara. Ele espera obter uma perícia que valide os diálogos extraídos do notebook de Walter Delgatti.
Além disso, o presidente do STJ busca detalhes das negociações do acordo de delação premiada de Léo Pinheiro, que o acusou de receber R$ 1 milhão em propina para arquivar um processo de interesse da empreiteira. O anexo com a acusação foi sumariamente arquivado por Raquel Dodge quando PGR.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)