“Hoje o presidente me ligou… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão”
A suspeita do MPF de que Jair Bolsonaro interferiu na operação Acesso Pago e vazou informações a Milton Ribeiro foi baseada num diálogo do ex-ministro com sua filha Juliana Pinheiro de Azevedo, ocorrido no último dia 9 de junho, às 18h59...
A suspeita do MPF de que Jair Bolsonaro interferiu na operação Acesso Pago e vazou informações a Milton Ribeiro foi baseada num diálogo do ex-ministro com sua filha Juliana Pinheiro de Azevedo, ocorrido no último dia 9 de junho, às 18h59.
Ribeiro diz que “as coisas estão caminhando” e cita uma ligação de Jair Bolsonaro. “Hoje o presidente me ligou… ele tá com um pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos para ele, né?”
E continua: “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão… em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? Se houver indícios, né…”
Depois da conversa com a filha, ele telefona para outras pessoas de seu relacionamento, inclusive os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Para o delegado Bruno Calandrini, as transcrições das conversas “evidenciam que Milton Ribeiro estava ciente da execução de busca e apreensão em sua residência”.
“Nos chamou a atenção a preocupação e fala idêntica quase que decorada de Milton com Waldemiro e Adolfo e, sobretudo, a precisão da afirmação de Milton ao relatar à sua filha Juliana que seria alvo de busca e apreensão, informação supostamente obtida através de ligação recebida do Presidente da República.”
Como registramos mais cedo, com base na interpretação do delegado, o MPF pediu à Justiça Federal o envio dos autos ao Supremo.
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