Haddad, sensível a críticas, quer “gratidão” forçada de Zema
Ministro da Fazenda diz que governador mineiro esconde a verdade sobre dívida dos estados "como é de praxe no bolsonarismo"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está inconformado com a crítica dos governadores sobre a Lei de renegociação da dívida dos estados. Depois de dizer que se fosse um governador, ainda que de oposição, agradeceria pelo esforço do governo Lula em torno do texto aprovado pelo Congresso, o ministro fez críticas endereçadas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que se mostrou insatisfeito com o texto sancionado por Lula.
“O governador de Minas Gerais @RomeuZema usou esta rede para atacar o governo federal, mas, como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade”, escreveu na rede social X. […] Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora”.
A crítica de Zema que incomodou o ministro diz respeito aos vetos do presidente Lula e ao modelo de gestão de gastos do governo petista.
“O governo federal quer que os estados paguem a conta de sua gastança. Com vetos ao PROPAG,@LulaOficial quer obrigar os mineiros a repassar R$ 5 bi a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro pra sustentar privilégios e mordomias”, disse o mineiro.
E acrecentou: “Enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência. Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem?”.
Governadores deveriam agradecer
No início da semana, o ministro Fernando Haddad já mostrava incomodo com as críticas de governadores aos vetos de Lula.
Apesar das sanções, o ministro considera que o governo federal superou “divergências” com os governadores e “priorizou o país”. Haddad também destacou que o texto aprovado pelo Congresso “foi além” do solicitado pelos estados.
“Se eu fosse um governador, mesmo da oposição, eu daria um telefonema agradecendo”, afirmou o ministro.
“Os cinco governadores que se reuniram comigo. Os cinco são de oposição aberta ao presidente da República. E o projeto que foi aprovado pelo Congresso é muito além do que eles me pediram nas reuniões. Então faz parte da vida política criticar. Mas eles, acho que nem sonhavam com um ato do presidente da República tão republicano quanto o que foi tomado. O presidente deixou de lado todas as divergências e os comentários, sobejamente, conhecido por vocês em relação ao governo federal e colocou o país em primeiro lugar”,completou.
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