O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), afirmou neste sábado (2), durante o evento Expert XP, que, caso os parlamentares evitem uma “pauta-bomba”, o ano terminará “muito bem”.

“O Congresso tem um papel-chave nesse segundo semestre. Se o Congresso Nacional somar forças com área econômica e aprovar medidas na direção correta, e afastar pauta-bomba, populismo, afastar esses riscos até o final do ano e aprovar uma agenda consistente de trabalho, eu penso que nós vamos terminar o ano muito bem”, disse.

Haddad afirmou ainda que o primeiro semestre pode ser classificado como “nota 9,5”. Ao comentar sobre o segundo semestre, ele voltou a criticar as desonerações da folha de pagamento feitas nos últimos anos. 

“Foram desonerações feitas apostando em resultados que não vieram, não estou julgando se era certo ou errado tentar”, afirmou, acrescentando que o governo pode “revisitar” parte delas. 

Na quarta-feira, o plenário da Câmara aprovou o texto do projeto de lei que estende até 2027 a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. A aprovação representou uma derrota para Haddad.

O ministro da Fazenda disse ainda que “está na hora” de o Banco Central aumentar o corte da Selic para 0,75 ponto percentual, acrescentando que o esforço fiscal irá parecer “brincadeira de criança” quando o crescimento econômico vier.

Em agosto, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano. Esse foi o primeiro corte da Selic desde 2020.