Hacker teria agido somente 17 dias após divulgação do TrateCov Hacker teria agido somente 17 dias após divulgação do TrateCov
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Hacker teria agido somente 17 dias após divulgação do TrateCov

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 24.05.2021 14:54 comentários
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Hacker teria agido somente 17 dias após divulgação do TrateCov

Na semana passada, como noticiamos, tentando minimizar a criação da plataforma TrateCov, que prescrevia cloroquina para pacientes com Covid, Eduardo Pazuello disse na CPI da Covid que a iniciativa não chegou a ser implementada e culpou um hacker por sua divulgação...

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Hacker teria agido somente 17 dias após divulgação do TrateCov
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Na semana passada, como noticiamos, tentando minimizar a criação da plataforma TrateCov, que prescrevia cloroquina para pacientes com Covid, Eduardo Pazuello disse na CPI da Covid que a iniciativa não chegou a ser implementada e culpou um hacker por sua divulgação.

“Foi hackeado. Existe um boletim de ocorrência, uma investigação que chega nessa pessoa. Ele pegou esse diagnóstico, botou, alterou, com dados lá dentro, e colocou na rede pública”, disse Pazuello aos senadores.

Pazuello mentiu.

Primeiro, porque, como também já noticiamos, em reportagem de janeiro deste ano, a TV Brasil, emissora do governo federal, noticiou o lançamento do aplicativo. Não só: informou que ele já estava sendo usado em Manaus e ouviu um médico sobre sua experiência com a plataforma.

Agora, um documento acessível via Lei de Acesso à Informação desmonta ainda mais a versão apresentada pelo ex-ministro da Saúde, que deverá voltar à CPI.

Segunda uma nota técnica elaborada pela secretaria do Ministério da Saúde comandada por Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”, uma suposta ação hacker teria ocorrido em 28 de janeiro deste ano (veja imagem abaixo).

“Informamos que na madrugada do dia 28/1/21 foi identificada uma possível disponibilização não autorizada da Plataforma Digital TrateCov Brasil. Assim, foram adotadas as medidas internas cabíveis, como a comunicação à autoridade responsável desta pasta ministerial e realizado por esse Departamento boletim de ocorrência para apuração dos crimes praticados pela internet, invasão de dispositivo informático”, diz o texto, assinado por Vinícius Nunes Azevedo, subordinado de Mayra Pinheiro.

Ora, a plataforma TrateCov foi divulgada para profissionais de saúde do Amazonas em 11 de janeiro, portanto, 17 dias antes da data em que o ministério alega que houve possivelmente a “disponibilização não autorizada” da plataforma.

A “Capitã Cloroquina” estará amanhã na CPI da Covid. Ela poderá tentar explicar por que um hacker teria agido após a divulgação da plataforma e, inclusive, após a sua retirada do ar — uma semana antes do dia 28.

Leia abaixo duas mensagens postadas no Twitter pelo Ministério de Saúde sobre o TrateCov em 13 e 14 de janeiro. Segundo a nota técnica da pasta, o tal hacker só teria agido no dia 28.

Reprodução/Ministério da Saúde/Twitter
Reprodução/Ministério da Saúde/Twitter
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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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