Guido Mantega na presidência da Vale afugenta investidores, diz Moro
O ex-juiz e senador Sergio Moro foi ao X – antigo Twitter – criticar a intenção do governo Lula de enfiar, goela abaixo, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na presidência da Vale...
O ex-juiz e senador Sergio Moro foi ao X – antigo Twitter – criticar a intenção do governo Lula de enfiar, goela abaixo, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (foto) na presidência da Vale.
“O governo Lula afugenta investidores e prejudica o ambiente de negócios ao pressionar, segundo a imprensa, os acionistas da Vale a ter o Mantega, de gestão desastrosa no Ministério da Fazenda, como CEO da empresa”, disse Moro.
Desde a semana passada, o governo Lula intensificou seus esforços para indicar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a presidência da Vale, uma empresa privada.
A informação dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo confirma os rumores apontados e analisados por O Antagonista.
Quem foi escalado pelo governo para fazer esse trabalho foi o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Ele entrou em contato com conselheiros da Vale nesta quarta-feira, 24 de janeiro, pedindo que o comitê de acionistas escolha o indicado do ex-presidente para liderar a companhia na reunião da próxima terça-feira, 30.
“O ministro foi claro. Lula não quer um assento para Mantega no conselho (são 13 vagas), mas o principal cargo executivo, cuja remuneração anual, aliás, é de cerca de R$ 60 milhões”, diz o Estadão.
“O governo tem à disposição instrumentos para ‘apertar a Vale’, caso considere ser necessário. Conselheiros citam, por exemplo, direitos minerais e de concessão de ferrovias”, acrescenta.
Auxiliares do presidente e sócios privados elaboraram um plano em que Mantega ocuparia uma cadeira no conselho de administração da Vale, mantendo o atual presidente Eduardo Bartolomeo no cargo por um período mais um ano.
Esse plano não interessa a Lula, segundo o Estadão.
A notícia do contato de Silveira com a direção da Vale contribuiu para a queda das ações da Petrobras na Bolsa de Valores (B3).
Após registrar alta de 1,77% durante o dia, as ações da Vale reduziram o ritmo no final do pregão e fecharam com alta de 1,01%. Analistas atribuem essa desaceleração às investidas do ministro de Minas e Energia. Por outro lado, as ações da Petrobras caíram 0,93% (ação ordinária) e 0,76% (ação preferencial).
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