Guido Mantega na Eletrobras?
Ex-ministro de Lula e Dilma foi indicado para cadeira no conselho fiscal da companhia

O governo Lula (PT) indicou nesta quinta-feira, 27, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para ocupar uma cadeira no conselho fiscal da Eletrobras, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Para o conselho de administração foram apresentados os nomes de Maurício Tolmasquim, Silas Rondeau e Nelson Hubner.
Os indicados precisam passar pela AGO (Assembleia Geral Ordinária) dos acionistas da companhia, marcada para 27 de abril, e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lava Jato
Durante a operação Lava Jato, o ex-ministro da Fazenda do governo Lula e Dilma foi investigado por suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção ligados à Petrobras e BNDES.
Em 2016, Mantega foi preso temporariamente na Operação Arquivo X sob alegação de que teria pedido R$ 5 milhões a um empresário para campanhas políticas do PT.
O ex-ministro também foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de atuar como intermediário para pagamentos irregulares da empreiteira Odebretch ao partido.
O STF, contudo, encerrou os atos processuais e as investigações contra Mantega.
OEA critica anulação
A Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou um relatório sobre a 6ªa Rodada de Avaliação do Brasil sobre implementação da Convenção Interamericana sobre Corrupção, no qual concluiu que a anulação de provas colhidas sobre a Odebrecht no âmbito da Operação Lava-Jato e a renegociação dos acordos de leniências podem “minar a confiança e contribuir para uma sensação de insegurança jurídica”.
No documento, a Comissão de Peritos do Mecanismo de Acompanhamento da Implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção (MESICIC) apontou que as recentes decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulando as provas do acordo de leniência da Odebrecht (Novonor) e a suspensão do pagamento de multa de R$ 8,5 bilhões “revelam desafios aos acordos de leniência” e podem gerar “incerteza e possíveis atrasos em seu cumprimento”.
“Há quase uma década, as informações sobre o suborno transancional confessado pela empresa em mais de uma dezena de países permanecem sob sigilo e, com as anulações recentes, é possível que jamais venham a luz”, disse Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional – Brasil.
Siga a leitura: “Anulação de provas da Odebrecht pode “minar confiança pública”, diz OEA”
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Comentários (2)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
27.03.2025 20:57Coitada da Eletrobras. E dos acionistas que acreditaram na privatização dela.
VITOR CARLOS MARCATI
27.03.2025 19:28Pelo mal que fez ao país esse cidadão deveria estar preso, aqui no Brasil ele ganha cargo em conselho de estatal, mais uma vergonha