Guerra com Supremo fragiliza Mendonça e fortalece Aras na disputa pelo STF
André Mendonça já está sofrendo o dano colateral da guerra de Jair Bolsonaro com a cúpula do Judiciário. O clima azedou e o AGU pode acabar preterido, dando lugar a Augusto Aras, convocado hoje por Luiz Fux para uma reunião...
André Mendonça já está sofrendo o dano colateral da guerra de Jair Bolsonaro com a cúpula do Judiciário. O clima azedou e o AGU pode acabar preterido, dando lugar a Augusto Aras, convocado hoje por Luiz Fux para uma reunião.
Como O Antagonista já mostrou, Mendonça tem sofrido resistências no Senado. Davi Alcolumbre, presidente da CCJ, não agenda a sabatina e, nos bastidores, defende o nome do PGR. E conta com o discreto apoio de Rodrigo Pacheco.
Ontem, o anúncio de Bruno Bianco para o comando da AGU surpreendeu Mendonça, que esperava fazer o sucessor. A interlocutores, ele disse ter sido “atropelado” pelo presidente, ecoando frase recente de Luiz Ramos, substituído na Casa Civil por Ciro Nogueira.
Senadores ouvidos por O Antagonista disseram que a substituição fragiliza ainda mais Mendonça, que perde o “status do cargo” em sua campanha.
Ao mesmo tempo, Aras pode acabar se beneficiando do imbróglio. Considerado mais independente que Mendonça e com poder de denunciar o presidente da República, o PGR virou peça fundamental no tabuleiro político em Brasília.
A substituição da indicação não é comum e só pode ser feita pelo presidente, que, como mostra a Crusoé, agora está nas mãos dos ministros que ataca.
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