Guedes nega “guerra” sobre Orçamento, mas admite situação complicada para Bolsonaro
Paulo Guedes voltou a dizer, em entrevista ao UOL, que o Orçamento de 2021 é "inexequível", mas negou que haja "guerra" com o Congresso. No entanto, o ministro da Economia defendeu um corte de mais R$ 5 bilhões nos gastos e vetos a toda a parte de despesas discricionárias...
Paulo Guedes voltou a dizer, em entrevista ao UOL, que o Orçamento de 2021 é “inexequível”, mas negou que haja “guerra” com o Congresso.
No entanto, o ministro da Economia defendeu um corte de mais R$ 5 bilhões nos gastos e vetos a toda a parte de despesas discricionárias, sob risco de Jair Bolsonaro incorrer em crime de responsabilidade ou se tonar inelegível.
“Não há guerra. Na verdade, pela primeira vez, governo e sua base no Congresso estão elaborando o Orçamento em conjunto. Antes, o governo não tinha realmente uma base de sustentação entre os congressistas. Agora formamos um time com o mesmo objetivo, mas um time que está jogando junto pela primeira vez. Estamos ainda nos acostumando ao esquema tático. Todos os jogadores ainda estão errando aqui e ali. Só isso.“
O ministro da Economia afirmou que ele e o presidente estão insatisfeitos com a política econômica.
“É claro que ele não está satisfeito, nem eu. Mas o presidente sabe que a situação seria pior se eu não estivesse aqui. Nós nos entendemos. Eu foco na questão fiscal, técnica, e ele, na questão política. Na cúpula do governo, todos sabemos que sempre haverá visões diferentes, mas que um lado precisa comportar o outro. A turma mais abaixo pensa que isso significa guerra.”
Como temos mostrado nos últimos dias, para aumentar as emendas parlamentares no Orçamento 2021, o Congresso fez várias manobras contábeis.
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