Governo pode economizar até R$ 600 milhões por ano com nova regra em hospitais universitários
O governo pode economizar até R$ 600 milhões por ano com revisão da regra sobre adicional de insalubridade dos funcionários de hospitais universitários. A informação é de Rodrigo Barbosa, diretor de Gestão de Pessoas da Empresa Brasileira de...
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O governo pode economizar até R$ 600 milhões por ano com revisão da regra sobre adicional de insalubridade dos funcionários de hospitais universitários.
A informação é de Rodrigo Barbosa, diretor de Gestão de Pessoas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A Ebserh é uma estatal vinculada ao MEC, e seus mais de 32 mil funcionários trabalham em 40 hospitais universitários nas cinco regiões do Brasil.
Hoje, o adicional é pago proporcionalmente ao salário-base do funcionário, o que beneficia mais os médicos, que têm salários mais altos. A proposta da estatal é pagar o adicional com base no salário mínimo.
Por causa dessa proposta, após vários meses de discussões, representantes dos funcionários anunciaram que vão entrar em greve a partir de amanhã (13).
No mundo do direito trabalhista, há um debate sobre a base de cálculo do adicional de insalubridade, com decisões contraditórias por parte dos tribunais.
Em entrevista a O Antagonista, Barbosa chamou a regra de pagar adicional com base no salário de cada funcionário de “o maior câncer da empresa”, e disse que pode torná-la “insolúvel” no médio e longo prazos.
“É um acinte ao pagador de imposto”, acrescentou Barbosa. Segundo ele, a estatal gasta cerca de R$ 715 milhões por ano com o adicional, valor que seria reduzido para R$ 110 milhões se fosse calculado com base no salário mínimo.
O diretor acrescentou ter “estranhado” o anúncio da greve, já que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu até segunda que vem (17) para a empresa se manifestar sobre a continuidade da mediação do tribunal. A informação foi confirmada a O Antagonista pelo TST.
“Antecipar a greve para o dia 13 de fato nos pegou desprevenidos”, disse Barbosa.
No começo da noite de hoje, Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), confirmou a O Antagonista que o movimento de greve está mantido para amanhã.
“Na verdade, a gestão da Ebserh fica fabricando datas e enrolando esse processo”, disse Silva. “E vão empurrando com a barriga”.
Rodrigo Barbosa disse que a estatal trabalha em uma nova proposta com o Ministério da Economia, “uma solução em que um número dentro desses R$ 600 milhões sejam carreados para outros benefícios para os trabalhadores”, como aumento de salários e auxílio-alimentação.
Procurado, o Ministério da Economia informou que não vai comentar.
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