Governo Lula prestigia extremista que zombou de mulher sequestrada
Em 7 de outubro de 2023, dia em que o Hamas massacrou civis israelenses no pior ataque a judeus desde o Holocausto, José Marcos Sayid Tenório (foto, ao centro) foi ao X, ex-Twitter, debochar de...
Em 7 de outubro de 2023, dia em que o Hamas massacrou civis israelenses no pior ataque a judeus desde o Holocausto, José Marcos Sayid Tenório (foto, ao centro) foi ao X, ex-Twitter, debochar de uma das vítimas. Na terça-feira, 23 de janeiro de 2024, esse mesmo homem participava da “Mesa-Redonda Direitos Humanos, Liberdade Religiosa e Laicidade do Estado”, promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos, como destacou o portal Metrópoles.
A transmissão anunciava que a mesa-redonda abordaria “temas cruciais como direitos humanos, liberdade religiosa e a laicidade do Estado”. Na ocasião, não foi abordada a postagem em que Sayid diz “Isso é marca de merda. Se achou nas calças”, junto com um emoji de risada, ao comentar vídeo que mostrava terroristas armados retirando do porta-malas de um jipe e conduzindo pelos cabelos até o banco de trás uma refém ensanguentada, de mãos atadas e calça manchada na altura das nádegas.
O comentário de Sayid foi feito em resposta a uma usuária que publicou as referidas imagens acompanhadas da pergunta: “Estuprar civil ajuda no que a Palestina?”.
Demitido
O Antagonista foi o primeiro veículo de imprensa a destacar o comentário de Sayid, em 10 de outubro de 2023. Ele foi demitido do gabinete do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), no qual atuava como assessor parlamentar, naquele mesmo dia.
Sayid deletou suas redes sociais depois do episódio. O perfil no Instagram foi reativado dias depois. Ele se apresenta por lá como “Historiador, Especialista em Relações Internacionais e Escritor”, além de ser “Vice-Presidente do Instituto Brasil-Palestina”.
Apesar da demissão e da repercussão de seu comentário, o prestígio do extremista com o governo Lula não parece ter sido abalado.
Já imaginou se fosse no governo Jair Bolsonaro? Se um extremista que fez chacota de mulher sequestrada por terroristas fosse acolhido em reunião de Direitos Humanos?
“Jornalistas com lágrimas nos olhos pediriam a demissão do ministro. Artistas apareceriam juntos usando camisa preta em alguma campanha contra a misoginia institucionalizada”, comentou o cartunista André Guedes no X.
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