Governo já admite derrota com CPI e trabalha para frear Renan e reduzir danos
A tentativa da tropa de choque governista no Senado de ampliar o escopo de investigação da CPI da Covid, tirando o governo Bolsonaro da mira, não deu certo. Nos bastidores, emissários do Planalto já admitem que essas articulações fracassaram e agora trabalham para reduzir danos...
A tentativa da tropa de choque governista no Senado de ampliar o escopo de investigação da CPI da Covid, tirando o governo Bolsonaro da mira, não deu certo. Nos bastidores, emissários do Planalto já admitem que essas articulações fracassaram e agora trabalham para reduzir danos.
Como noticiamos há pouco, senadores estão sendo comunicados, desde ontem à noite, de que a Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Senado decidirá que a CPI não poderá investigar prefeitos e governadores. O parecer poderá ser divulgado ainda hoje.
Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Bolsonaro no Senado, recebeu a missão de impedir que opositores garantam a presidência e a relatoria da comissão. Não será fácil, porém, segurar Renan Calheiros (MDB), que está animadíssimo com a possibilidade de assumir uma das duas funções.
Em se confirmando a impossibilidade de a CPI investigar governadores e prefeitos, lideranças do governo também entrarão em campo para pressionar a instalação de investigações específicas nos estados, principalmente naqueles governados por adversários políticos de Bolsonaro.
Além disso, o governo já se mexe para emplacar o maior número de aliados na CPI, como forma de assegurar a maioria do colegiado e, assim, barrar pedidos de quebras de sigilos, por exemplo. Partidos e blocos parlamentares indicarão seus integrantes após a leitura da CPI no plenário do Senado, o que inicialmente estava previsto para ocorrer nesta terça-feira.
O senador Ciro Nogueira (PP), maestro do Centrão e aliadíssimo de Bolsonaro — pelo menos até aqui –, foi encarregado de construir a narrativa governista na CPI. A base aliada, munida de informações do Ministério da Saúde, tentará bater na tecla de que, durante a pandemia, não faltou dinheiro para estados e municípios.
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