O presidente da CPI dos atos de 8 de Janeiro na  Câmara Legislativa do Distrito Federal, Chico Vigilante (PT), disse que o general Gonçalves Dias, o ex-ministro-chefe do GSI exonerado ontem, foi “imprevidente” ao aparecer no Palácio do Planalto durante a invasão. O deputado distrital participou do Meio-Dia em Brasília.

“Acho que ele foi um cidadão imprevidente de ir para um local onde terroristas depredando sem uma tropa para prendê-los em flagrante”, resumiu o parlamentar a Kiss Vasconcelos. Questionado se o agora ex-ministro será convidado a falar na CPI, o deputado distrital disse que o foco dos trabalhos neste momento é outro.

“Vamos convocar o general [Augusto] Heleno, porque a maioria dos integrantes do GSI era a turma do Heleno, que estava lá no Palácio do Planalto”, disse. “Vamos convocar o general Dutra, que era comandante militar do Planalto, para saber porque ele permitiu que aquele acampamento golpista continuasse ali, quando eu tenho documento do próprio Exército Brasileiro dizendo que ali tinha prostituição, porte ilegal de arma e tráfico.”

Chico Vigilante participo do debate com Silvia Waiãpi (PL-AP), que defendeu punição ao general, que de tão próximo a Lula era conhecido como sua “Sombra”. A deputada federal defende que a ação de Gonçalves Dias aponta para uma ação orquestrada do próprio governo durante os atos de 8 de Janeiro.

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