Gleisi insiste contra o contexto
"O PT nunca faltou nem faltará ao presidente Lula em suas decisões", diz a presidente do partido, que segue tentando se explicar sobre suas reclamações públicas
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR, foto), voltou a suas redes sociais nesta quarta-feira, 13, para tentar convencer que não tem jogado contra o governo Lula ao reclamar da perspectiva de corte de gastos.
“Vamos deixar claro de uma vez por todas: o manifesto dos movimentos sociais que o PT assinou é contra as pressões indevidas do mercado e sua mídia sobre o governo do presidente Lula, com objetivo de cortar políticas e programas sociais. Não é e nunca foi contra a equipe econômica ou seus ministros”, disse a petista em publicação no X.
“O que o texto afirma é que essas pressões, a escalada dos juros e a especulação com o câmbio são contra um país e um governo que vem corrigindo e melhorando os fundamentos da economia real: crescimento do PIB, dos empregos, do salário e da renda, dos investimentos. E é disso que o país precisa. O PT nunca faltou nem faltará ao presidente Lula em suas decisões”, completou.
O contexto
Gleisi já tinha tentado se explicar em outra postagem, quando foi alvo de uma nota da Comunidade do X que deixava mais claro o alvo de suas reclamações.
“Engraçado esse X, colocar na capa de meu Twitter um comentário de usuário dizendo ser um esclarecimento, com conteúdo político. Qual é o critério da seleção? Eu sei quem são os diretores do BC, e vou continuar criticando a autoridade monetária toda vez que achar que estão errando na decisão. E aumentar 0,5 ponto na Selic é desastroso para o nosso país”, reclamou na ocasião.
Na quarta-feira, 6, após o Copom anunciar a elevação da Selic em meio ponto percentual, de 10,75% ao ano para 11,25%, Gleisi foi ao X se manifestar contra a decisão: “Copom mantém a sabotagem à economia do país e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um país que precisa e quer continuar crescendo”.
Quem é o alvo?
Como a presidente do PT criticou a decisão sem considerar que ela foi adotada por unanimidade e que quatro integrantes do Copom foram indicados por Lula, incluindo o próximo presidente do BC, Gabriel Galípolo, leitores do X contextualizaram o comentário:
“A votação do Copom foi unânime em elevar a taxa para 11,25%, dos 9 membros do Copom 4 foram indicados pelo presidente Lula do seu partido PT.”
O contexto adicionado expôs que ela não estava batendo exatamente no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como se acostumou a fazer desde 2023, mas sim no próprio governo Lula.
“Donos da mídia”
No fim de semana, Gleisi direcionou a reclamação diretamente aos “donos da mídia”, omitindo que quem prometeu responsabilidade fiscal foi o governo Lula, e não os donos dos maiores jornais do Brasil, cujos editoriais cobraram o pacote de corte de gastos que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha prometido para a semana passada.
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Comentários (2)
Paulo Pires
13.11.2024 19:20Gleisi imita o discurso fascista: Para Hitler, a culpa era dos capitalistas e da imprensa!!!
EUD
13.11.2024 17:02Essa Senhora Está Cada Vez Mais Provocando Náuseas E Ânsia De Vômito Nos Brasileiros !!!!!!!