Girão rebate críticas e diz torcer para que alianças não “turvem essência” de Moro
O senador Eduardo Girão (foto), do Podemos, disse a O Antagonista ter "gratidão" por Sergio Moro ter colocado o nome à disposição do partido para disputar a Presidência da República em 2022. Ontem, o ex-juiz da Lava Jato se filiou ao Podemos e Girão esteve no evento, em Brasília — assim como o colega Marcos do Val, ele recebeu críticas nas redes sociais por ser tachado de bolsonarista...
O senador Eduardo Girão (foto), do Podemos, disse a O Antagonista ter “gratidão” por Sergio Moro ter colocado o nome à disposição do partido para disputar a Presidência da República em 2022.
Ontem, o ex-juiz da Lava Jato se filiou ao Podemos e Girão esteve no evento, em Brasília — assim como o colega Marcos do Val, recebeu críticas nas redes sociais por ser tachado de bolsonarista (sobretudo pela atuação na CPI da Covid), algo que refuta.
“Pelo amor de Deus, não cabe me chamar de governista, muito menos de bolsonarista. O cara [ele próprio] que ajudou a articular a derrubada do decreto das armas, uma das principais bandeiras do governo? Um dos dois únicos senadores que votaram publicamente contra a indicação de Kassio Nunes Marques para o STF [o outro foi o senador Jorge Kajuru]? Não dá. Não tenho indicação alguma, nem quero ter, neste governo e só uso as emendas constitucionais e impositivas.”
Perguntamos se, em se confirmando a candidatura de Moro ao Planalto, Girão fará campanha para o ex-juiz.
Ele respondeu:
“Entrei para a política inspirado pela Lava Jato. Nós precisamos resgatar o sentimento de que a justiça no Brasil tem que ser para todos, e ter a Lava Jato como símbolo de combate à corrupção e à impunidade. Independentemente do resultado, a candidatura do Moro já começou a qualificar o debate. O evento de ontem renovou esperanças.”
Girão continuou:
“O Moro [a candidatura dele] é uma construção coletiva do Podemos e tenho muita gratidão por ele ter colocado o nome à disposição. O Brasil ganha com a candidatura dele, com os valores que ele colocou ontem: fim da reeleição, fim do foro privilegiado, pela prisão em segunda instância.”
Sem entrar em detalhes, o senador pelo Ceará voltou, porém, a alertar para o que considera os riscos de eventuais alianças no projeto ‘Moro 2022’.
“O que me preocupa, volto a dizer, são eventuais alianças que possam, de alguma forma, turvar essa essência do Moro. Torço para que isso não ocorra. Ele vai precisar ter muita serenidade, porque ele estará trilhando no meio político. E o próprio partido tem posições distintas, sobretudo na Câmara. Estou confiando na firmeza dele, de que ele manterá a linha. Na política, às vezes mais é menos.”
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