O senador Eduardo Girão (Podemos), uma das lideranças do grupo Muda, Senado, disse a O Antagonista ser “inacreditável” que o Senado tenha bancado a “missão oficial” de Flávio Bolsonaro e Irajá para Las Vegas para, entre outros assuntos, tratarem da legalização de jogos de azar no Brasil, como noticiamos aqui.

“Como se não bastassem os problemas que já temos, o Senado embarca em ideias nefastas dessa natureza. É inacreditável.”

Ele continuou:

“A jogatina é um perigo. Junto com ela, geralmente vêm, por exemplo, os tráficos de armas e de drogas. Não à toa Polícia Federal, Receita Federal, Coaf e outras instituições respeitáveis são contra a liberação dos jogos de azar. Trata-se de porta aberta para corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação de impostos”, argumentou o senador.

Os defensores dos jogos de azar se baseiam no potencial de tributos arrecadados e de geração de empregos, além de considerarem “hipocrisia” o esforço para barrar a legalização.

Girão rebate:

“Estudos conhecidos mostram que para cada dólar arrecadado com a legalização de bingos e cassinos, o Estado gasta três dólares com problemas de segurança pública e saúde mental decorrentes do vício. Em jogos de azar, sabemos, só o ‘dono da banca’ ganha. Isso é uma tragédia sob todos os aspectos: devasta famílias inteiras.”