Gilmar versus petistas na disputa pelo novo PGR
A disputa de bastidor para emplacar o novo procurador-geral da República esquentou...
A disputa de bastidor para emplacar o novo procurador-geral da República esquentou. O Globo relata conversa tensa entre o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e petistas como os deputados Rui Falcão (SP) e Alencar Santana (SP) e o senador Humberto Costa (PE).
A disputa é travada entre o subprocurador Antonio Carlos Bigonha, o preferido dos petistas, e Paulo Gonet, vice-procurador geral eleitoral e ex-sócio da faculdade de Gilmar, o Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Em encontro recente, no restaurante Fazenda Churrascada, em Brasília, que contou também com o advogado Marco Aurélio de Carvalho, do Prerrogativas, Gilmar teria deixado bem claro suas reservas em relação a Bigonha.
Para o ministro do Supremo, o subprocurador é um “Janot piorado” e sua escolha representaria um “erro grave” para o PT. O ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que apresentou as denúncias da Operação Lava Jato ao STF, confessou em 2019 ter ido ao tribunal armado para acertar as contas com Gilmar.
A conversa foi acirrada, em especial entre o ministro do STF e o representante do Prerrogativas, e um lado saiu falando mal do outro, relata O Globo. O que está em jogo de fato, mais do que a lealdade do novo PGR a Lula, é sua capacidade de resistir às pressões da corporação de procuradores caso surjam motivos para denunciar o presidente.
Os petistas se incomodam particularmente com o perfil de Gonet. Além de representar um aumento de poder para Gilmar Mendes, a indicação do vice-procurador-geral eleitoral colocaria à frente da PGR um conservador, na avaliação dos esquerdistas. Gonet é visto como católico fervoroso, “da TFP” e da “Opus Dei”.
O mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria Geral da República (PGR) termina no próximo dia 26. Espera-se que Lula indique o novo procurador-geral quando voltar de Nova York, na próxima quinta-feira.
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