Gilberto Kassab defende neutralidade em eleição presidencial
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, defendeu há pouco por meio das redes sociais que o partido adote uma posição neutra em relação às eleições de 2022. Assim, a sigla descarta apoio a Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) ou Simone Tebet (MDB)...
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, defendeu há pouco por meio das redes sociais que o partido adote uma posição neutra em relação às eleições de 2022. Assim, a sigla descarta apoio a Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) ou Simone Tebet (MDB) no primeiro turno do pleito presidencial.
Nos últimos dias, Lula tentou atrair o PSD para obter o apoio da sigla logo no primeiro turno, após várias reuniões com senadores, inclusive com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (MG). Kassab, porém, declarou que não há unidade partidária o suficiente para declarar apoio aos principais candidatos ao Palácio do Planalto.
“Sem o horizonte de uma candidatura própria que pudesse contribuir com o debate neste cenário de polarização, iniciamos uma consulta nacional que, agora, está concluída. A constatação é que não temos unidade para caminhar coligados com um candidato de outro partido”, disse Kassab.
“Diante das opções existentes, haveria preferências diversas no partido não apenas quando consideramos o Brasil, mas em instâncias partidárias dentro de estados e até de municípios. Encaminho como proposta para nossa Convenção Nacional que o Partido Social Democrático adote a neutralidade nesta eleição presidencial”, declarou o presidente da sigla.
No comunicado, Kassab afirmou ainda que “apenas em momento apropriado” divulgará sua “preferência pessoal para este pleito”.
Em São Paulo, o PSD vai apoiar o candidato de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas; em Minas Gerais, o candidato de Lula, Alexandre Kalil. Kassabismo clássico: um pé em cada canoa, nem de direita nem de esquerda, muito pelo contrário.
Leia, abaixo, a íntegra da carta do presidente do PSD:
Colegas dirigentes, parlamentares, executivos e filiados do Partido Social Democrático em todo o Brasil.
Quero expor aqui os fatores que me levam a defender este entendimento, que considero o mais adequado para a participação do PSD nessa eleição presidencial de 2022.
O Partido, ao longo de meses e com a atuação de diversas lideranças, buscou o desenvolvimento de uma candidatura própria.
Tínhamos o melhor pré-candidato, o senador Rodrigo Pacheco. A sigla estava unida em torno da sua candidatura.
Diante do convite, recebido com grande entusiasmo, Pacheco ponderou ao longo de meses e se convenceu da importância de sua presença à frente da presidência do Senado ao longo do processo eleitoral, papel fundamental para garantir a estabilidade institucional do Brasil.
Ficou a semente de um excelente projeto para o Brasil, que o PSD não abandonou, apenas adiou.
Sem o horizonte de uma candidatura própria que pudesse contribuir com o debate neste cenário de polarização, iniciamos uma consulta nacional que, agora, está concluída.
Foram ouvidos parlamentares (em todos os níveis), dirigentes partidários, líderes de todos os cantos do país.
A constatação é que não temos unidade para caminhar coligados com um candidato de outro partido. Diante das opções existentes, haveria preferências diversas no partido não apenas quando consideramos o Brasil, mas em instâncias partidárias dentro de Estados e, até, de municípios.
Diante dos fatos apresentados, encaminho como proposta para nossa Convenção Nacional que o Partido Social Democrático adote a neutralidade nesta eleição presidencial.
No momento apropriado, de modo a não interferir na boa governança partidária, já que ocupo a presidência nacional do PSD, compartilharei minha preferência pessoal para este pleito.
Gilberto Kassab
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