Gayer: “Gleisi foi tratada como uma cafetina por Lula”
As bancadas femininas do PT da Câmara e Senado reagiram. Elas emitiram uma nota oficial criticando a postura do deputado

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) disse nesta quarta-feira, 12, durante sessão plenária da Câmara que o presidente Lula tratou a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como “uma cafetina” após dizer que nomeou a ex-presidente do PT pelo fato de ser uma “mulher bonita”.
Lula afirmou isso durante o ato de lançamento do programa “Crédito ao Trabalhador”.
“Faz 2 horas e meia desde que a sessão começou, e a Direita estava no plenário, assim, respeitosamente esperando que fosse feito um pronunciamento em defesa da ex Presidente do PT nacional, que foi humilhada, que foi desrespeitada pelo Presidente da República, mas, por enquanto, até agora não houve nenhum pronunciamento em defesa da Ministra Gleisi Hoffmannn”, disse Gayer, que complementou.
“Então, nós da Direita nos sentimos na obrigação de vir aqui e nos posicionar, prestando nossa solidariedade a uma mulher que foi tratada de forma tão desrespeitosa, como uma cafetina, por um cafetão, o Lula, Presidente da República, que praticamente a ofereceu como objeto sexual para poder fazer negociação com o Congresso”, acrescentou.
As bancadas femininas do PT da Câmara e Senado reagiram. Elas emitiram uma nota oficial criticando a postura do deputado. Mas ficaram em silêncio em relação às falas de Lula.
“As declarações do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) não só desrespeitam as mulheres na política, como também reforçam discursos machistas, misóginos e violentos que precisamos combater diariamente. O parlamento não pode compactuar com esse tipo de violência”, afirmaram as parlamentares.
“Ter um representante com esse tipo de postura é uma vergonha para o Parlamento brasileiro. A tentativa de desqualificar mulheres por meio de insinuações sexistas não é apenas um ataque à sua dignidade, mas também um atentado contra todas que lutam por espaço e respeito na sociedade. O machismo na política é uma ferramenta histórica de silenciamento e intimidação, e não podemos normalizá-lo”, concluíram.
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