Garota de programa assume identidade de coronel da reserva assassinado
Um coronel da reserva da FAB foi assassinado no ano passado no Rio Grande do Norte, e uma garota de programa se passou por ele durante quatro meses, por meio de mensagens de celular. O caso foi detalhado...
Um coronel da reserva da FAB foi assassinado no ano passado no Rio Grande do Norte, e uma garota de programa se passou por ele durante quatro meses, por meio de mensagens de celular. O caso foi detalhado nesse domingo (26) pela TV Globo, no Fantástico.
O coronel Roberto Perdiza (à esquerda na foto) foi visto pela última vez em agosto, quando saiu de casa e entrou num carro que aparentava ser de aplicativo. Cerca de uma semana depois, um zelador do prédio onde o militar morava notou a ausência dele e entrou em contrato com a família. Elodéa Perdiza, irmã de Roberto, no entanto, disse que estava trocando mensagens com ele normalmente.
O advogado Milton Moreira, que era amigo da vítima, também sentiu falta dele, mas não conseguiu contato por telefone. Com isso, procurou Jerusa, que morava com o coronel. Ela afirmou que estava tudo bem e que pediria ao namorado para retornar as ligações para Milton, o que nunca ocorreu.
O caso foi classificado inicialmente como desaparecimento voluntário. Jerusa (à direita na foto) negou que morasse com Perdiza, mas disse à polícia que mantinha contato com ele. O casal se conheceu há três anos, numa casa noturna, e um tempo depois passou a morar junto. As investigações apontam que a mulher enviava mensagens e fotos do celular de Perdiza para família e amigos, se passando por ele, para que ninguém sentisse falta.
No entanto, depois, houve mudança no tom das conversas. As mensagens enviadas a amigos e familiares diziam que ele estava bem e no Rio de Janeiro e que, portanto, não era preciso se preocupar. A mulher procurou a polícia para dizer que havia conversado com ele e que a informação procedia, o que gerou desconfiança.
Durante as apurações, a polícia descobriu que Jerusa sacava dinheiro da conta do coronel e tentou vender o apartamento dele. Câmeras do prédio mostram a mulher acompanhada de corretores de imóveis. Além disso, há áudios em que ela tenta fechar negócio com urgência.
Três meses depois do desaparecimento, a polícia encontrou um corpo em uma cidade próxima a Natal, porém os restos mortais estavam praticamente impossíveis de serem identificados, sem a presença da cabeça e sem as mãos, inclusive.
De acordo com as investigações, Jerusa foi até um motel com Perdiza no mesmo dia em que ele foi filmado deixando o apartamento pela última vez. Os dois saíram de lá no que parecia ser um carro de aplicativo mas, na verdade, era um veículo dirigido por um matador de aluguel, comparsa dela. O militar foi morto com um tiro. Jerusa foi presa em dezembro, e o comparsa dela, em janeiro. Eles vão responder por latrocínio e podem pegar até 30 anos de prisão.
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