Na cidade de São Pedro D’Aldeia, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, uma funcionária do McDonald’s com transtorno do espectro autista denunciou uma gerente da lanchonete por agressão. O incidente ocorreu durante o expediente da funcionária Ana Cláudia Prudencio Lessa, de 29 anos.

Conforme o depoimento de Ana Cláudia na delegacia, ela teria sido mordida no braço esquerdo durante seu trabalho no setor de produtos e delivery. A denúncia também incluía um vídeo gravado pelas câmeras de segurança interna que mostraria o suposto ato de agressão.

Investigação da Acusação

O ocorrido foi reportado à delegacia aproximadamente uma semana após os fatos. Ana Cláudia decidiu acionar a polícia após não observar ações por parte dos gestores da lanchonete. Segundo seus relatos, as imagens de segurança do local não foram disponibilizadas para ela, e, quando questionou a gerente acusada, a mesma afirmou que “era uma brincadeira”.

Mariana Cerdeira, a gerente acusada de morder Ana Cláudia, negou a acusação durante seu depoimento. Ela explicou que estava apenas treinando Ana Cláudia para uma futura promoção. Além disso, Mariana mencionou haver presenciado autolesões de Ana Cláudia em outras ocasiões no ambiente de trabalho.

Exames e Laudos Médicos

Os exames médicos realizados indicaram que a lesão no braço de Ana Cláudia foi resultado de uma ação contundente. O laudo médico apresentado pela vítima revelou a necessidade de cuidados psiquiátricos continuados devido a desafios como hipersensibilidade auditiva e irritabilidade em mudanças de rotina.

• O laudo prescreveu um afastamento de 180 dias das funções laborais para a paciente.
• O documento ressaltou a necessidade de garantir os direitos de Ana Cláudia como pessoa com deficiência conforme a legislação.

Repercussões Legais

O caso foi registrado na delegacia de São Pedro D’Aldeia como lesão corporal. Em 23 de setembro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro formalizou a denúncia contra Mariana Cerdeira, solicitando também uma indenização para Ana Cláudia.