Fugitivos de Mossoró são indiciados por rebelião no Acre
A rebelião aconteceu no ano passado e durou mais de 24 horas. Cinco presos foram mortos, sendo três deles decapitados
O Ministério Público do Acre (MP-AC) denunciou à Justiça os 13 presos envolvidos na rebelião que ocorreu no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, no ano passado. Entre os denunciados estão Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que são foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A rebelião, que durou mais de 24 horas e resultou na morte de cinco presos, sendo três deles decapitados, foi promovida por uma organização criminosa armada. O Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu a denúncia ao Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) pelos crimes de participação e promoção dessa organização criminosa.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, juntamente com outros detentos, foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró em setembro do ano passado. No entanto, eles fugiram da unidade prisional no mês passado. Essa foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal.
Decisão da promotoria
De acordo com o promotor de Justiça Ildon Maximiano, do Gaeco, a denúncia do MP-AC se concentra na atribuição e atuação dos denunciados dentro da organização criminosa, e como eles contribuíram para a rebelião. Segundo a apuração, a rebelião começou a ser planejada quando alguns presos foram transferidos para um pavilhão específico semanas antes.
Segundo reportagem do G1, os relatórios técnicos apontam que os presos começaram a arquitetar a libertação de líderes da organização criminosa de dentro das celas, demonstrando poder e força aos rivais, além de buscar uma fuga do presídio de segurança máxima.
Maximiano também explicou que Rogério Mendonça e Deibson Nascimento tiveram participação direta na execução da rebelião, enfrentando os policiais penais, capturando reféns e executando rivais. Tudo isso foi feito como forma de promoção e afirmação da organização criminosa Comando Vermelho.
Em setembro de 2023, 14 detentos envolvidos na rebelião foram transferidos do Acre para o presídio federal. O promotor confirmou que parte dos denunciados está nessa lista de transferidos, e essa medida foi tomada como forma de punição e isolamento das lideranças envolvidas.
Dieta da fuga: presos ‘secaram’ para atravessar buraco em Mossoró
De acordo com as investigações, os fugitivos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubin, e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de Deisinho, se prepararam fisicamente antes da fuga, percorrendo quilômetros dentro de áreas de mata.
Segundo reportagem do O Globo, a Polícia Federal informou que a dupla precisou perder peso para passar por um pequeno buraco onde ficava a luminária, com cerca de 17 centímetros.
Dentro das celas, eles mantinham uma rotina rigorosa para adquirir resistência física e suportar dias na mata durante a tentativa de fuga.
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