Freire sobe o tom e diz que Pacheco age com “tibieza” ao não instalar CPI da Covid
Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, desmontou os argumentos usados até aqui por Rodrigo Pacheco para não instalar a CPI da Covid no Senado. Como noticiamos na noite de ontem, o senador mineiro manifestou-se no STF -- no âmbito de uma ação do Cidadania que cobra o funcionamento da comissão...
Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, desmontou os argumentos usados até aqui por Rodrigo Pacheco para não instalar a CPI da Covid no Senado.
Como noticiamos na noite de ontem, o senador mineiro manifestou-se no STF — no âmbito de uma ação do Cidadania que cobra o funcionamento da comissão —, alegando não ser momento para “busca de culpados” e que a comissão não deverá “contribuir com o imediato combate à pandemia”.
Para Freire, ao dizer que não é momento para “busca de culpados”, Pacheco acaba admitindo que podem existir, sim, culpados e joga para frente uma possível responsabilização deles.
“Não existe isso. Se alguém sabe de um possível erro, ilícito, irregularidade ou crime, tem que tomar atitude. Ora, não tem que aguardar, não.”
O presidente partidário também afirmou que, ao contrário do que Pacheco sustenta, uma investigação agora, no auge da crise, serviria para ajudar a contê-la.
“Não se pode dizer que CPI atrapalharia o combate à pandemia. É justamente o contrário. A comissão, na verdade, ajudaria no combate à pandemia, fazendo com que responsáveis sejam punidos, não fiquem impunes e não continuem cometendo os erros que estão cometendo. Pacheco não está atenuando crise coisa alguma. Está, sim, dando um sentindo de irresponsabilidade e impunidade a tudo o que estamos assistindo.”
Freire emendou, subindo o tom e acusando Pacheco de “tibieza”:
“É lógico para todo mundo que, se você não busca responsabilizar culpados, você incentiva a continuidade dos atos e a impunidade. Pacheco está cometendo um grave equívoco, em uma tentativa política de não assumir a responsabilidade de instalar uma CPI, que é direito de minoria.”
O pedido de CPI foi protocolado no início de fevereiro, com apoio de mais de 30 senadores, número mais que suficiente para a instalação. Como Pacheco não abriu a comissão, os senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru, ambos do Cidadania, acionaram o Supremo. O presidente do Senado tem dito que o pedido está “pendente de análise”. Ainda na campanha à Presidência da Casa, o senador mineiro, que teve o apoio de Jair Bolsonaro, refutava a possibilidade de uma CPI.
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