“Foi uma escolha entre Mendonça ou Aras: esse era o jogo”
Um senador que votou, no plenário, pela aprovação de André Mendonça disse a O Antagonista, pedindo reserva, que o insistente movimento político de Davi Alcolumbe contrário ao nome escolhido por Jair Bolsonaro foi o que acabou garantindo a ida do "terrivelmente evangélico" para o STF...
Um senador que votou, no plenário, pela aprovação de André Mendonça disse a O Antagonista, pedindo reserva, que o insistente movimento político de Davi Alcolumbe contrário ao nome escolhido por Jair Bolsonaro foi o que acabou garantindo a ida do “terrivelmente evangélico” para o STF.
O presidente da República indicou Mendonça em julho, mas a sabatina e a votação só ocorreram ontem. Nas últimas semanas, o senador pelo Amapá e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde autoridades são sabatinadas, havia intensificado sua atuação nos bastidores para derrotar o ex-AGU e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.
“O Davi abordava os senadores segurando no braço e pedindo ajuda para derrotar o Mendonça e colocar ‘um indicado nosso'”, afirmou o senador, em reservado. “Ontem, foi uma escolha entre André Mendonça e Augusto Aras: esse era o jogo. O Mendonça só passou porque alguns senadores quiseram se posicionar contra esse projeto do Davi”, acrescentou.
Esse raciocínio tem sido a justificativa de alguns senadores criticados pelo apoio a Mendonça. A votação foi secreta.
Aras, procurador-geral da República, era o preferido de Alcolumbre, que nunca fez essa confissão publicamente. O senador tinha o apoio velado de lideranças do governo.
A indicação de Mendonça, que ocupará a vaga de Marco Aurélio Mello, foi aprovada no plenário com 47 votos favoráveis — seis a mais que o necessário –e 32 votos contrários. Foi o placar mais apertado entre os atuais ministros do STF, como noticiamos.
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