“Foi um tiro de canhão no peito”, diz Torres sobre prisão em audiência de custódia
O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres considerou sua prisão após os atos golpistas do dia 8 de janeiro "um tiro de canhão" no peito. A declaração foi feita durante audiência de custódia após sua prisão no dia 14...
O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres considerou sua prisão após os atos golpistas do dia 8 de janeiro “um tiro de canhão” no peito. A declaração foi feita durante audiência de custódia após sua prisão no dia 14.
“Quero dizer que não tenho nada a ver com os fatos, isso foi um tiro de canhão no meu peito. Eu estava de férias, umas férias sonhadas por mim e pela minha família. Isso foi um tiro de canhão no meu peito no segundo dia de férias, acontece esse crime horrendo em Brasília e esse atentado contra o país e eu fui responsabilizado por isso”, desabafou Torres ao desembargador Airton Vieira. “Até 15 dias atrás eu era ministro da Justiça, hoje estou preso.”
O ex-secretário afirmou que jamais questionou o resultado das eleições e que, durante a transição, foi o primeiro a entregar relatórios para o grupo de trabalho do governo Lula.
“O Ministério de Justiça e Segurança Pública foi o primeiro ministério a entregar os relatórios da transição. Eu jamais questionei resultado de eleição, não tem uma manifestação minha nesse sentido. Eu fui o primeiro ministro a entregar os relatórios”, disse. “Não tem um brasileiro no Brasil que não tenha ouvido um monte de loucuras após a eleição, e eu sempre no equilíbrio.”
Durante a audiência, Torres afirmou que não faz parte da guerra entre a direita e a esquerda e afirmou não aceitar as acusações contra ele.
“Desculpe o desabafo, mas sendo acusado de terrorismo, golpe de Estado?! Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?! Eu não sei… Essa guerra que se criou no país, essa confusão entre os Poderes, essa guerra ideológica, eu não pertenço a isso, eu sou um cidadão equilibrado e essa conta eu não devo”, disse.
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