Flávio Lula da Silva
Como registramos há pouco, Flávio Bolsonaro agora recorreu à PGR para tentar emplacar a tese maluca de que a Receita Federal o investigou ilegalmente, e enviou seus dados fiscais ao Coaf para a elaboração do relatório que serviu de base para a abertura do inquérito da rachadinha...
Como registramos há pouco, Flávio Bolsonaro agora recorreu à PGR para tentar emplacar a tese maluca de que a Receita Federal o investigou ilegalmente, e enviou seus dados fiscais ao Coaf para a elaboração do relatório que serviu de base para a abertura do inquérito da rachadinha.
Trata-se de uma nova tentativa de buscar nulidades no processo ou apenas criar um ‘tumulto processual’, como ocorreu no caso da liminar de Dias Toffoli que suspendeu por meses todas as investigações do país baseadas em relatórios do Coaf – derrubada depois pelo plenário do Supremo.
Assim como daquela vez, o remédio jurídico usado por Flávio pode ter efeito colateral amplo, beneficiando todo tipo de criminoso, inclusive os corruptos condenados pela Lava Jato, dentre eles Lula, o aniversariante do dia.
É curioso notar a ‘evolução’ da tese dos advogados, que inicialmente acusavam a Corregedoria da Receita de montar o dossiê, usando um ofício de 2017 que acolhia o pleito de alguns auditores alvos de processos administrativos. Uma coisa “sem pé nem cabeça”, como disse o presidente do Sindifisco, Kleber Cabral.
Agora, a defesa do 01 agrega à tese repisadas acusações contra auditores que atuam no grupo de inteligência do Fisco, alvo de ataques de Gilmar Mendes, Toffoli e até dos advogados do ex-presidiário.
Inventam histórias sobre acessos não rastreáveis a dados de contribuintes, distorcem o resultado da auditoria do TCU que reiterou a atribuição de auditores fiscais – na apuração de suspeitas envolvendo autoridades, como ministros do Supremo – e recorrem a outros órgãos de Estado, como Abin e Serpro, sem qualquer constrangimento.
A aproximação de interesses entre bolsonaristas e petistas já não espanta, desde que Frederick Wassef foi fisgado pela Lava Jato no mesmo esquema da Fecomércio em que está metido o compadre de Lula.
Como bem alertou o general Otávio do Rêgo Barros, que foi porta-voz de Bolsonaro, “as demais instituições dessa república — parte da tríade do poder — precisarão blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do ‘imperador imortal'”.
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