Flávio Bolsonaro teme ser próximo alvo de busca e apreensão
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro usou o termo "Polícia Federal paralela” para falar em perseguição política
O senador Flávio Bolsonaro (PL-R) afirmou, nesta quarta-feira, 31, que há um interesse da Polícia Federal (PF) em realizar uma ação para “pegar todo mundo [da família Bolsonaro]”. Questionado se ele temia ser o próximo alvo, sinalizou positivamente. “Está muito claro que é isso o que vai acontecer. E sem sentido mais uma vez. Então eu quero crer ainda que exista justiça e decisões drásticas como uma busca e apreensão seja feita com provas”, disse.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro falou com uma imprensa após uma reunião com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta-feira, 31. “A conversa com o presidente Pacheco foi também nessa linha de mostrar que hoje há uma conjuntura para perseguir um espectro político ligado a Bolsonaro no Brasil, o que desequilibra a democracia”, completou.
Flavio Bolsonaro estava em Angra dos Reis na segunda-feira, 29, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na residência do irmão dele, Carlos Bolsonaro. A ação ocorreu no âmbito da operação que apura o caso da Abin Paralela.
Quando os agentes da polícia chegaram ao local Jair Bolsonaro estava em uma pescaria com os filhos. Flávio não retornou para casa e, diante da imprensa nesta quarta, afirmou que fez isso porque precisava devolver o jet ski que não era dele.
“Eu não devia, mas vou explicar. Eu não voltei para a residência porque estava em um jet ski que não era meu e fui devolver. Depois fui para um almoço e depois voltei para a residência e eu faço questão de falar porque do jeito que as coisas estão hoje, daqui a pouco tem uma busca e apreensão tendo o senador Flávio Bolsonaro como alvo por causa de uma maluquice”, disse. “Ninguém está escondendo prova. Ninguém tem medo de ser investigado. Nós só não queremos sacanagem, não queremos perseguição”, acrescentou.
O senador também usou o termo “Polícia Federal paralela” em alusão ao caso da Abin Paralela para afirmar que haveria uma perseguição da PF contra o ex-presidente a família dele.
A PF tem apurado a instrumentalização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão Jair Bolsonaro para espionagem clandestina com fins políticos.
Na semana passada o diretor da agência entre 2019 e 2022, Alexandre Ramagem, foi alvo de mandados de busca autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele é suspeito de repassar documentos sigilosos para Carlos Bolsonaro contendo informações sobre inquéritos em curso no Rio de Janeiro.
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