Flávio Bolsonaro prefere conversar
"Continuo acreditando na autorregulação do próprio Supremo. E acho que esta é uma excelente oportunidade para que o Supremo tente retomar as rédeas da Corte", disse o senador ao ser questionado sobre impeachment de Alexandre de Moraes
Se depender do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ, foto), o impeachment de Alexandre de Moraes defendido por Elon Musk não sai. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro deu entrevista na noite de segunda-feira, 8, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, e decepcionou os apoiadores do pai que esperam do Senado uma resposta à conduta de Moraes.
Questionado sobre aquele que seria o primeiro impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio disse o seguinte:
“Sempre que eu puder, vou buscar sempre o diálogo. Continuo acreditando na autorregulação do próprio Supremo. E acho que esta é uma excelente oportunidade para que o Supremo tente retomar as rédeas da Corte. Parar de ser toda hora sugada para dentro de uma discussão que não é institucional, é relativa a apenas um ministro, para que as coisas voltem à normalidade. Só vão voltar à normalidade quando esses inquéritos todos forem arquivados.”
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Defendeu Musk
Apesar de não desafiar Moraes de frente, o senador defendeu Musk, que desde de sábado, 6, desafia Moraes, ameaçando descumprir decisões que limitaram o uso do X por alguns brasileiros.
“Uma cidadão americano, uma empresa privada, do meu ponto de vista, não cometeu crime nenhum, apenas falou, se posicionou, fez uma pergunta ao ministro que usa a rede social dele”, comentou Flávio. Musk foi incluído no inquérito das milícias digitais por Moraes, que determinou a abertura de um outro inquérito só para o dono do X.
“O Elon Musk não tem foro por prerrogativa de função, está tudo errado. O ministro toma mais uma vez uma decisão monocrática, antes que qualquer ato fosse cometido, já incluindo Musk no inquérito”, disse Flávio.
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Defendeu Bolsonaro
Durante a entrevista, o senador também defendeu o pai das acusações de trama para golpe de Estado, classificado por ele como um “crime impossível”, negou ligação com milícias no Rio de Janeiro e voltou a pôr em dúvida o processo eleitoral de 2022: “O que o TSE fez antes, durante e depois das eleições, ficou muito claro para todo mundo que ele pesou muito mais a favor de um lado do que do outro”.
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