Flávio Bolsonaro: “Esse alexandrismo tem que acabar”
Em dia de ato em Copacabana, o senador criticou o ministro Alexandre de Moraes e o acusou de agir por vingança

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou na manhã deste domingo, 16, que o ato organizado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Praia de Copacabana, tem como objetivo combater o “alexandrismo” e promover a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Em vídeo, Flávio criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o acusou de desrespeitar normas jurídicas e de agir por vingança.
Flávio Bolsonaro disse que o ministro tem agido com pressa para aplicar punições:
“Rasgando a nossa Constituição sem processo legal, sem ampla defesa, sem contraditório. É uma pressa para que se concretize uma certa vingança. Isso não tem espaço na nossa democracia, esse ‘alexandrismo’ tem que acabar.”
O senador disse ainda acreditar que a oposição no Congresso já possui os votos necessários para aprovar um projeto de anistia para os presos do 8 de janeiro.
Em 2019, no entanto, Flávio Bolsonaro ajudou a enterrar a CPI da Lava Toga no Senado, pressionando senadores para que retirassem assinaturas do requerimento de criação da comissão, que chegou a atingir o número mínimo necessário e que previa a investigação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, inclusive pela abertura do inquérito das fake news, o primeiro de uma série a ser relatado sem sorteio por Alexandre de Moraes.
Na época, a família Bolsonaro contou com Toffoli para paralisar as investigações de peculato (“rachadinhas”) sobre Flávio, em decisão monocrática tomada durante o recesso do Poder Judiciário. Toda a cronologia deste episódio pode ser lida em O Antagonista, no artigo “6 anos de inquérito das fake news: conheça sua verdadeira história”.
Ato em Copacabana
Durante o evento, diversos parlamentares e governadores, como Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), devem se reunir em um trio elétrico.
O ato também tem como objetivo pressionar o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, que tem sido alvo de críticas frequentes de Bolsonaro e seus aliados.
Denúncia contra Bolsonaro
O ato em Copacabana ocorre enquanto o STF analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado.
Bolsonaro foi denunciado junto com outras 33 pessoas por suposto envolvimento no planejamento e tentativa de execução de um golpe de Estado após sua derrota para Lula nas eleições de 2022.
A denúncia inclui acusações de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa.
Segundo a PGR, Bolsonaro teria editado uma minuta golpista, buscado apoio dos comandantes das Forças Armadas para a conspiração, concordado com um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes e sido um dos responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
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Comentários (4)
Andre Luis Dos Santos
16.03.2025 15:24Esse Flavio, "rei das rachadinhas" não passa de um MERDA! Pra salvar a pele desse cretino e a própria, o Bozo jogou no lixo a Lava Jato e o combate a corrupção no país. Ressuscitaram o Nine.
Fabio B
16.03.2025 12:23Imagino que o que não pode acabar é o "Toffolismo"... Ou, pelo menos, o acordo com Toffoli. Afinal, o Flávio executou com maestria o esvaziamento da CPI da Lava Toga, então que continue a blindagem das rachadinhas da família inteira, né?
FRANCISCO JUNIOR
16.03.2025 11:13Um_velho_na_janela, excelente comentário!
Um_velho_na_janela
16.03.2025 10:27Esse "tem que acabar" do Flavinho Chocolate me lembrou Auguste de Saint-Hilaire e a saúva, "Ou o Brasil acaba com o bolsonarismo ou o bolsonarismo acaba com o Brasil"