Pretexto da PGR para fiscalizar Lava Jato não tem pé nem cabeça
Uma fiscalização deste ano sobre o trabalho da força-tarefa da Lava Jato no Paraná mostra que não tem pé nem cabeça o pretexto apresentado pela Procuradoria-Geral da República para tentar pôr as mãos em toda a base de dados da operação na primeira instância...
Uma fiscalização deste ano sobre o trabalho da força-tarefa da Lava Jato no Paraná mostra que não tem pé nem cabeça o pretexto apresentado pela Procuradoria-Geral da República para tentar pôr as mãos em toda a base de dados da operação na primeira instância.
Para justificar a visita de Lindôra Araújo a Curitiba no fim do mês passado, a PGR afirmou que o objetivo era a “obtenção de informações globais sobre o atual estágio das investigações e o acervo da força-tarefa, para solucionar eventuais passivos”.
Em abril deste ano, porém, a Corregedoria do MPF finalizou uma correição sobre todas as forças-tarefas no país, para avaliar os resultados. A conclusão, que inclui o trabalho de Curitiba, foi que elas demostraram a “relevância dos resultados positivos”.
“Além disso, ainda que de forma assistemática, a PGR vem apoiando alguns trabalhos [forças-tarefas], não fazendo sentido, assim, interromper o apoio, unilateralmente, antes da conclusão”, diz um trecho do relatório, assinado pelos procuradores José Alfredo de Paula Silva e Raquel Branquinho, responsáveis pela correição.
No ano passado, outra correição ordinária, feita especificamente sobre a força-tarefa de Curitiba, também não apontou falhas significativas que apontassem eventual desídia por parte da equipe no cumprimento das pendências.
A visita de Lindôra ao Paraná até hoje não foi compreendida internamente. Para parte dos procuradores, o objetivo era tentar encontrar alguma irregularidade para acabar com a força-tarefa.
O ímpeto diminuiu depois da repercussão negativa e da falta de esclarecimentos convincentes.
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