Felippe Hermes na Crusoé: Pacto de mediocridade
Em sua coluna semanal para a Crusoé, Felippe Hermes traz nessa edição uma análise sobre a atual economia do Brasil uma fala do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em que ele diz que devemos olhar mais para a desigualdade, sendo que o magistrado ganha uma bagatela entorno de R$ 63,9 mil...
Em sua coluna semanal para a Crusoé, Felippe Hermes traz nessa edição uma análise sobre a atual economia do Brasil uma fala do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em que ele diz que devemos olhar mais para a desigualdade, sendo que o magistrado ganha uma bagatela entorno de R$ 63,9 mil.
No início do mês de outubro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, decepcionou os alunos da Universidade de Direito da UFRJ ao ocupar sua aula magna não com os conhecimentos jurídicos acumulados em décadas de magistratura, mas com platitudes sobre temas como meio-ambiente ou desigualdade social.
Barroso, que preside um poder cuja remuneração média é de 63,9 mil reais por magistrado (o equivalente a 2 anos do salário médio no país), mencionou que devemos olhar mais para a desigualdade. Como exemplo, preferiu citar a manchete gerada pela Oxfam segundo a qual os seis mais ricos do país possuem patrimônio superior aos 100 milhões mais pobres.
De fato, segundo o Credit Suisse, responsável pelos dados usados pela Oxfam, os 100 milhões mais pobres possuem patrimônio negativo (dívidas maiores que ativos), o que significa dizer que o próprio Barroso é mais rico do que a metade mais pobre do país.
Detalhes técnicos e manchetes sensacionalistas à parte, o curioso é que pela mesma data, o Congresso Nacional discutia sobre a manutenção de um privilégio em meio a Reforma Tributária.
A manutenção da Zona Franca de Manaus, que garante 25 bilhões de reais anuais para gigantes como Coca-Cola e Ambev (a empresa que é propriedade de três dos seis citados por Barroso), está garantida, ainda que a reforma seja aprovada.
A reforma, diga-se, tornou-se um excelente resumo sobre os poderes no Brasil. Ao ler as manchetes, sabemos exatamente quem possui maior influência sobre o Congresso e, para espanto de ninguém, a população possui muito pouca, ou nenhuma influência.
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