Federação prevê rodízio de partidos no comando, mas PT teria peso maior em decisões
A primeira proposta de minuta de federação partidária do PSB, PT, PCdoB e PV prevê que a sigla do ex-presidente Lula terá um peso maior nas principais decisões do consórcio de partidos...
A primeira proposta de minuta de federação partidária do PSB, PT, PCdoB e PV prevê que a sigla do ex-presidente Lula terá um peso maior nas principais decisões do consórcio de partidos.
Pela proposta de estatuto conjunto, que começou a ser discutido em reunião concluída há pouco (foto), a cúpula da federação de esquerda terá 50 pessoas. As vagas serão distribuídas proporcionalmente com base na atual bancada das quatro siglas na Câmara: 27 do PT; 15 do PSB; 4 do PV e 4 do PCdoB.
Será esse “conselhão” o responsável pelas principais definições do consórcio de siglas, como a escolha de candidatos e diretrizes partidárias. As decisões mais estratégicas precisarão ter o apoio de pelo menos 2/3 da direção ou, seja, 34 votos.
Ainda com base nessa estrutura, haveria um presidente e três vices presidentes, com um revezamento entre as siglas no comando do consórcio das agremiações.
“A federação vai ser um exercício de construção de unidade política. (…) Ele é simples? Não, não é. Ele é fácil? Não, não é. Mas isso é da política”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. “O PT não quer hegemonismo, mas não pode ter seu peso diminuído”, acrescentou.
“Nenhum partido, individualmente, teria como decidir as questões polêmicas. Obviamente que o partido [PT] terá melhores condições de chegar aos dois terços de votos. Essa é uma regra que está proposta e ainda será melhor debatida”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
As discussões relacionadas ao estatuto da federação de esquerda foram retomadas hoje em reunião realizada em Brasília.
Estavam no encontro os presidentes do PSB, Carlos Siqueira; do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann; do PV, José Luiz Penna; e do PCdoB, Luciana Santos; além de deputados federais como o líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros, e ex-governadores, como o do DF, Rodrigo Rollemberg.
Outra reunião para discutir detalhes do estatuto será realizada na próxima segunda-feira.
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