Farmacêutica que vendeu curso online de peeling de fenol depõe
O trágico incidente de Henrique Chagas expõe a urgente necessidade de regulamentação e treinamento adequados na área de estética.
A polêmica em torno da segurança dos procedimentos estéticos ganha mais um capítulo com o caso recente de Henrique Chagas, que veio a falecer após realizar um peeling de fenol. O caso está sob investigação da Polícia Civil de São Paulo e levanta questões sobre a regulamentação e o treinamento na área estética.
Neste cenário, Daniele Stuart, uma farmacêutica e bioquímica especializada em estética, torna-se peça chave na compreensão dos fatos, devido ao seu envolvimento na formação de Natalia Fabiana de Freitas Antonio, indiciada pelo incidente. Nas redes sociais, Daniele evidencia que as práticas adotadas por Natalia no tratamento de Henrique não correspondiam ao protocolo estabelecido por ela.
O que diz a especialista sobre o uso correto do peeling de fenol?
Segundo Daniele, a aplicação desse tipo de substância requer uma preparação meticulosa da pele, a qual não incluiria lesões nem esfoliações intensas, já que tais práticas podem aumentar significativamente a absorção do ácido fenol, conhecido por sua potencial toxicidade cardíaca. “O procedimento realizado em Henrique desviava completamente do que é ensinado em nossas aulas”, explica a especialista.
Qual a defesa de Daniele Stuart perante as acusações?
Em resposta às alegações, a defesa de Daniele, representada pelo advogado Jeffrey Chiquini, enfatiza que o curso ministrado por ela possui um caráter estritamente conceitual, sem a pretensão de habilitação profissional, conforme as normas das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Chiquini destaca que “a responsabilidade pela correta aplicação dos conhecimentos adquiridos é exclusivamente do aplicador, que deve possuir habilitação específica para tais práticas.”
Impactos legais e regulatórios do caso Henrique Chagas
O caso de Henrique Chagas não apenas reacendeu o debate sobre a regulamentação necessária na área de estética, mas também sobre a importância de uma formação adequada e responsável dos profissionais do setor. As autoridades competentes continuam a investigar as circunstâncias e possíveis falhas na cadeia de responsabilidades que resultaram no trágico incidente.
Enquanto os procedimentos legais seguem em curso, a comunidade médica e estética aguarda ansiosamente por respostas que possam prevenir que incidentes tão lamentáveis se repitam. A formação cuidadosa e regulamentada de profissionais, associada a uma fiscalização adequada, parece ser a chave para garantir não apenas a segurança dos pacientes, mas a credibilidade de todo o setor.
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