“Houve falhas, mas não houve corrupção”, diz senador, sobre ações do governo na pandemia “Houve falhas, mas não houve corrupção”, diz senador, sobre ações do governo na pandemia
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“Houve falhas, mas não houve corrupção”, diz senador, sobre ações do governo na pandemia

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Wilson Lima
4 minutos de leitura 04.09.2021 16:00 comentários
Brasil

“Houve falhas, mas não houve corrupção”, diz senador, sobre ações do governo na pandemia

Integrante da tropa de choque do Planalto na CPI da Covid, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) tem acompanhado as discussões sobre a elaboração de um relatório paralelo governista, que será apresentado como contraponto ao parecer do relator...

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Wilson Lima
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“Houve falhas, mas não houve corrupção”, diz senador, sobre ações do governo na pandemia
Foto: Rerpodução/Tv Senado

Integrante da tropa de choque do Planalto na CPI da Covid, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) tem acompanhado as discussões sobre a elaboração de um relatório paralelo governista, que será apresentado como contraponto ao parecer do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL).

A intenção da base governista é apontar as falhas do governo ao longo da pandemia de forma “propositiva”. Uma das críticas que vai constar no parecer será a insistência do governo no chamado “tratamento precoce” em detrimento da vacinação.

Do outro lado, o texto deve ratificar a importância da autonomia médica na prescrição de remédios, mesmo os que ainda não têm comprovação científica. O texto deve criticar a CPI por não ter avançado nas investigações sobre recursos contra a pandemia repassados aos estados e municípios e isentar Jair Bolsonaro de qualquer ato de corrupção.

O parecer está sendo elaborado com a ajuda de integrantes da Advocacia-Geral da União e do Ministério da Saúde. “Falhas foram cometidas, mas não houve corrupção”, disse o senador Marcos do Val em entrevista a O Antagonista.

Leia abaixo, os principais trechos da entrevista:

Senador, quais serão as principais conclusões desse relatório paralelo?

O que tenho dito que é, surpreendente, o documento vai constar algumas falhas cometidas pela gestão, mas não houve ato de corrupção ou qualquer crime. Essas falhas devem ser vistas como forma de apontar soluções para o futuro, ao longo de uma eventual futura pandemia. Mostrando para a população o que deu certo e o que não deu certo.

Seria uma espécie de mea-culpa do governo?

Não diria isso, no sentido de apontar erros. Mas é importante se fazer uma crítica construtiva sobre o que aconteceu ao longo da pandemia. O governo está viabilizando a vacinação hoje, apesar de ter lutado muito pelo kit Covid. O problema é que agora a vacinação chega com o carimbo do governador e do prefeito e eles não falam que isso foi graças ao governo federal. Isso não é noticiado à sociedade brasileira.

Uns falam de “visão negacionista”, mas dentro de um primeiro momento, eu escutei que o kit Covid não mataria, mas enfraqueceria o vírus. Agora, não podíamos imaginar uma cepa com um poder maior de contaminação a partir da segunda onda.

Como seria a apresentação desse relatório paralelo?

A ideia é simples: quando Renan Calheiros apresentar o [relatório] dele, vamos fazer um pedido de voto separado e vamos apresentar o nosso. Mas o texto ainda está sendo construído. Seria totalmente sem credibilidade se o relatório só apresentasse todos as boas condutas. Acho que quando se colocam os erros, fica um parecer mais confiável e transparente. Só esperamos que novas falhas não aconteçam. O fato é que houve falhas, mas não houve corrupção. E isso está claro até o momento.

A ideia é fazer um contraponto ao relatório do Renan, que deve ser bem contundente contra o governo?

Sim. Renan quer mídia, isso é fato. Aliás, eu disse lá atrás que a CPI era uma prévia de um movimento político e isso vem se concretizando. Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS) tentam agora se viabilizar para a Presidência da República, por exemplo.

A CPI teve mais falhas ou acertos ao longo dos trabalhos?

Até concordo que a CPI precisava discutir a pandemia, mas não achei positiva a forma como isso aconteceu, com assassinatos de reputações, exageros, enfim. Renan, provavelmente, vai apresentar um relatório sensacionalista, tentando vincular o presidente a esquemas de corrupção. Mas não acharam nada do presidente. Nada, nada, nada. E aí, ficam naquele discurso do charlatanismo, curandeirismo… Ficou um discurso chato, massificado.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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